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Senado dos EUA aprova sanções contra Rússia

Por 97 votos a favor e apenas 2 contra, os senadores validaram um plano bipartidário sobre a Rússia que será incluído em outra lei com sanções ao Irã

EUA: Tillerson expressou nesta semana sua reticência sobre esse pacote de sanções (Jim Bourg/Reuters)

EUA: Tillerson expressou nesta semana sua reticência sobre esse pacote de sanções (Jim Bourg/Reuters)

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EFE

Publicado em 14 de junho de 2017 às 20h32.

Washington - O Senado dos Estados Unidos votou nesta quarta-feira a favor da imposição de mais sanções contra a Rússia por sua suposta ingerência nas eleições presidenciais de 2016, apesar da advertência do secretário de Estado, Rex Tillerson, de que essa medida poderia impedir um "diálogo construtivo" com Moscou.

Por 97 votos a favor e apenas dois contra, os senadores validaram um plano bipartidário sobre a Rússia que será incluído em outra lei com sanções ao Irã que a câmara alta pode aprovar esta semana.

O plano, que necessita ainda da autorização da Câmara dos Representantes e da Casa Branca, ampliaria as sanções aos setores de defesa e inteligência militar da Rússia e aos responsáveis pelos ciberataques, e limitaria a capacidade do presidente Donald Trump de suspender essas restrições.

Tillerson expressou nesta semana sua reticência sobre esse pacote de sanções, ao advertir que poderia pôr em perigo o esforço que ele lidera para endireitar as relações com Moscou, em particular no relativo à Síria.

"Peço ao Congresso para assegurar-se que qualquer legislação permita ao presidente ter a flexibilidade para ajustar as sanções para adaptar-se às necessidades do que sempre é uma situação diplomática mutável", disse hoje Tillerson durante uma audiência perante o Comitê de Assuntos Exteriores da Câmara.

"Pedimos flexibilidade para subir a temperatura quando seja necessário, mas também para assegurar-nos que podemos manter um diálogo construtivo", acrescentou o titular de Exteriores dos EUA.

O plano aprovado pelo Senado imporia novas sanções a quem efetua "atividades cibernéticas maliciosas" em nome de Moscou, a quem fornece armas ao governo do presidente sírio, Bashar al Assad, e a pessoas vinculadas aos setores de inteligência e defesa da Rússia, entre outras.

O acordo também dá ao Congresso 30 dias - ou 60 dias se for próximo ao recesso de agosto - para revisar e potencialmente bloquear a ação de Trump, caso o governante decida suspender ou relaxar as sanções contra Moscou.

Além disso, o acordo complica a suspensão das sanções já impostas à Rússia pelo governo do presidente anterior, Barack Obama, e permite estendê-las a setores da economia russa.

"É hora de responder ao ataque russo à democracia americana com força, com determinação, com unidade e com ação", disse o senador republicano John McCain antes da votação no plenário do Senado.

A ação do Senado acontece em meio às investigações no Congresso e no Departamento de Justiça sobre a suposta ingerência russa nas eleições presidenciais, e os possíveis laços com Moscou da campanha de Trump.

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