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Senado dos Estados Unidos absolve Donald Trump em processo de impeachment

Absolvição de Trump das acusações que motivaram processo impeachment era esperada, já que o Senado dos Estados Unidos é controlado pelos republicanos

Donald Trump, presidente dos Estados Unidos: republicano foi absolvido do processo de impeachment pelo Senado (Leah Millis/POOL/Reuters)

Donald Trump, presidente dos Estados Unidos: republicano foi absolvido do processo de impeachment pelo Senado (Leah Millis/POOL/Reuters)

Gabriela Ruic

Gabriela Ruic

Publicado em 5 de fevereiro de 2020 às 18h34.

Última atualização em 5 de fevereiro de 2020 às 18h39.

São Paulo - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi absolvido pelo Senado na tarde desta quarta-feira (05) das acusações do processo de impeachment, abuso de poder e obstrução do Congresso. O movimento, no entanto, era esperado, já que a casa é controlada por uma maioria republicana, o mesmo partido do atual mandatário.

Na primeira acusação, de abuso de poder, Trump foi inocentado por 52 votos a 48. Já na segunda acusação, obstrução do Congresso, o presidente foi absolvido por 53 votos contra 47.

O Senado é composto por 100 assentos. Hoje, 53 deles estão com os republicanos, 45 com os democratas e 2 com independentes. Para a condenação nos artigos de impeachment, os democratas precisavam de ao menos dois terços dos votos.

Nesse sentido, a votação desta quarta-feira veio para confirmar as previsões de analistas. No final do ano passado, havia a noção de que processo de impeachment de Trump seria aprovado na Câmara dos Representantes, que é controlada pelos democratas, e rejeitado pelo Senado. Poucas semanas depois de os democratas terem votado a favor da remoção do presidente, o caso chega ao fim com a decisão dos senadores.

Há, no entanto, uma surpresa. Se Trump se tornou o terceiro presidente da história dos Estados Unidos a ser alvo de um processo de impeachment (Andrew Johnson em 1868 e Bill Clinton em 1999 foram os outros), o senador republicano, Mitt Romney, se tornou o primeiro senador a votar pela condenação de um presidente do mesmo partido, no caso da acusação de abuso de poder.

Agora, Trump está com o caminho livre para se dedicar a campanha. Para analistas, aliás, esse processo de impeachment, que nunca foi unânime entre os americanos, pouco machucou sua pretensão. Mesmo com o julgamento correndo no Congresso, a aprovação de Trump estava em 94% entre eleitores do Partido Republicano, de acordo a Gallup.

A consultoria Eurasia calcula que há uma chance de 60% de que Trump irá conseguir mais um mandato na Casa Branca. Na visão da consultoria, os bons indicadores econômicos dos Estados Unidos favorecem sua candidatura, principalmente nos estados que são considerados como fundamentais para a conquista dos 270 delegados necessários para eleger um presidente.

Relembre o caso que motivou o impeachment de Trump

O processo de impeachment de Trump foi baseado em uma ligação feita por ele ao presidente da Ucrânia. Nela, Trump teria condicionado o envio de ajuda militar a uma investigação sobre o envolvimento de Hunter Biden, filho do seu maior rival democrata nas eleições, Joe Biden, em um escândalo de corrupção que abalou o país europeu.

O americano nega as acusações e alega que as mesmas nada mais eram que uma tentativa de perseguição por parte dos democratas.

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