Semprún recebe o último adeus
Escritor foi enterrado na tarde de domingo em Paris
Da Redação
Publicado em 12 de junho de 2011 às 17h50.
Paris - O escritor espanhol Jorge Semprún, que morreu na noite de terça-feira, em Paris, aos 87 anos, foi enterrado "na mais estrita intimidade" neste domingo, em uma pequena localidade perto de Paris, onde o intelectual possuía uma casa de campo.
O caixão de um dos pensadores mais importantes do século XX chegou ao pequeno cemitério de Garentreville envolto na bandeira da Espanha, como era deu desejo.
Membros da família e amigos próximos, entre eles o ex-presidente do Governo espanhol, Felipe González, e da ministra espanhola da Cultura, Ángeles González-Sinde, assistiram à cerimônia.
O escritor e ex-ministro da Cultura da Espanha faleceu na terça-feira em Paris.
Era considerado uma testemunha excepcional do século XX. Nasceu em Madri, mas passou grande parte da vida em Paris, onde residia.
Membro da resistência francesa durante a ocupação nazista, foi detido e enviado a um campo de concentração. Sobreviveu ao Holocausto e agiu na clandestinidade contra o Franquismo pelo Partido Comunista. Depois da morte de Franco foi ministro de Cultura, durante o governo socialista de Felipe González.
No cinema, destacou-se com roteiros como o elaborado para o filme "Z" de Costa-Gravas.
Tinha 87 anos e construiu sua obra literária com base nas lembranças de sua juventude, em especial do período em que ficou preso em um campo de concentração alemão.
Boa parte de sua obra foi escrita em francês.
Jorge Semprún nasceu no dia 10 de dezembro de 1923 em Madri, de uma família da alta burguesia espanhola, defensora dos valores republicanos.
Em setembro de 1943, foi detido pela Gestapo e deportado, aos 19 anos de idade, ao campo de concentração de Buchenwald, onde os comunistas se organizavam, cabendo a ele a tarefa de distribuir os detidos nos diferentes comandos de trabalho.
Quando foi libertado, em abril de 1945, optou pela "amnésia deliberada para sobreviver". Mas a experiência marcou sua obra, desde "A Grande Viagem" (1963), passando, também por "La escritura o la vida" (1994) e "Moriré con su nombre, vivirá con el mío" (2002).
Quando foi libertado, em abril de 1945, optou pela "amnésia deliberada para sobreviver". Mas a experiência marcou sua obra, desde "A Grande Viagem" (1963), passando, também por "La escritura o la vida" (1994) e "Moriré con su nombre, vivirá con el mío" (2002).
Depois de trabalhar alguns anos como tradutor na Unesco, voltou à Espanha, onde coordenou a ação clandestina do Partido Comunista Espanhol, com o pseudônimo de Federico Sánchez. Os anos de clandestinidade, em meio a convicções e dúvidas, seguiram-se à sua exclusão do partido, em 1964, por "desvio", junto com Fernando Claudín, narrados na "Autobiografia de Federico Sánchez", um dos poucos livros escritos originalmente em castelhano e que lhe valeu o Prêmio Planeta, em 1977.
Paralelamente, Semprún foi adquirindo fama como roteirista, escrevendo para as grandes referências do cinema francês, como "A guerra Acabou" e "Stavisky" de Alain Resnais, além de contribuir para a renovação do cinema político com Costa-Gavras, com quem colaborou, além de "Z" em "A confissão".
Paris - O escritor espanhol Jorge Semprún, que morreu na noite de terça-feira, em Paris, aos 87 anos, foi enterrado "na mais estrita intimidade" neste domingo, em uma pequena localidade perto de Paris, onde o intelectual possuía uma casa de campo.
O caixão de um dos pensadores mais importantes do século XX chegou ao pequeno cemitério de Garentreville envolto na bandeira da Espanha, como era deu desejo.
Membros da família e amigos próximos, entre eles o ex-presidente do Governo espanhol, Felipe González, e da ministra espanhola da Cultura, Ángeles González-Sinde, assistiram à cerimônia.
O escritor e ex-ministro da Cultura da Espanha faleceu na terça-feira em Paris.
Era considerado uma testemunha excepcional do século XX. Nasceu em Madri, mas passou grande parte da vida em Paris, onde residia.
Membro da resistência francesa durante a ocupação nazista, foi detido e enviado a um campo de concentração. Sobreviveu ao Holocausto e agiu na clandestinidade contra o Franquismo pelo Partido Comunista. Depois da morte de Franco foi ministro de Cultura, durante o governo socialista de Felipe González.
No cinema, destacou-se com roteiros como o elaborado para o filme "Z" de Costa-Gravas.
Tinha 87 anos e construiu sua obra literária com base nas lembranças de sua juventude, em especial do período em que ficou preso em um campo de concentração alemão.
Boa parte de sua obra foi escrita em francês.
Jorge Semprún nasceu no dia 10 de dezembro de 1923 em Madri, de uma família da alta burguesia espanhola, defensora dos valores republicanos.
Em setembro de 1943, foi detido pela Gestapo e deportado, aos 19 anos de idade, ao campo de concentração de Buchenwald, onde os comunistas se organizavam, cabendo a ele a tarefa de distribuir os detidos nos diferentes comandos de trabalho.
Quando foi libertado, em abril de 1945, optou pela "amnésia deliberada para sobreviver". Mas a experiência marcou sua obra, desde "A Grande Viagem" (1963), passando, também por "La escritura o la vida" (1994) e "Moriré con su nombre, vivirá con el mío" (2002).
Quando foi libertado, em abril de 1945, optou pela "amnésia deliberada para sobreviver". Mas a experiência marcou sua obra, desde "A Grande Viagem" (1963), passando, também por "La escritura o la vida" (1994) e "Moriré con su nombre, vivirá con el mío" (2002).
Depois de trabalhar alguns anos como tradutor na Unesco, voltou à Espanha, onde coordenou a ação clandestina do Partido Comunista Espanhol, com o pseudônimo de Federico Sánchez. Os anos de clandestinidade, em meio a convicções e dúvidas, seguiram-se à sua exclusão do partido, em 1964, por "desvio", junto com Fernando Claudín, narrados na "Autobiografia de Federico Sánchez", um dos poucos livros escritos originalmente em castelhano e que lhe valeu o Prêmio Planeta, em 1977.
Paralelamente, Semprún foi adquirindo fama como roteirista, escrevendo para as grandes referências do cinema francês, como "A guerra Acabou" e "Stavisky" de Alain Resnais, além de contribuir para a renovação do cinema político com Costa-Gavras, com quem colaborou, além de "Z" em "A confissão".