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Sem apontar responsáveis, observadores confirmam abusos em Homs

Observadores da Liga Árabe revelaram que viram corpos e marcas de tiros em casas na cidade

Conforme a ONU, desde que começaram os protestos em março, mais de 5 mil pessoas morreram pela repressão governamental na Síria (Getty Images)

Conforme a ONU, desde que começaram os protestos em março, mais de 5 mil pessoas morreram pela repressão governamental na Síria (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 28 de dezembro de 2011 às 09h17.

Cairo - Os observadores da Liga Árabe confirmaram a existência de violações aos direitos humanos na cidade de Homs, no centro da Síria, mas não apontaram se as mesmas foram cometidas pelas autoridades ou grupos terroristas como acusa o Governo, informou uma fonte da organização pan-árabe.

A fonte contou que os observadores, que chegaram nesta terça-feira a Homs e ainda permanecem na localidade, conversaram por telefone com líderes da Liga Árabe, no Cairo, e detalharam a eles as violações que constataram.

Os observadores revelaram que viram corpos e marcas de tiros em casas. Eles visitaram familiares de vítimas para falar sobre as condições em que essas pessoas foram mortas, detalhou a fonte.

A missão permanecerá durante esta quarta-feira em Homs, a cidade mais castigada pela repressão do regime sírio como garantem os opositores, e deve elaborar um relatório detalhado que será enviado ao secretário-geral da Liga Árabe, Nabil al Araby.

Na terça-feira, ao menos 17 pessoas morreram nessa localidade, capital da província de mesmo nome, denunciaram os opositores dos Comitês de Coordenação Local, que contaram que policiais usaram gás lacrimogêneo para dispersar uma manifestação de mais de 70 mil manifestantes.

Em seu primeiro dia de trabalho em Homs, a delegação, liderada pelo general sudanês Mohammed Ahmad Mustafa Dabi, se reuniu com o governador da província, entre outras pessoas.

O grupo, composto por entre 12 e 15 analistas, tem a missão de verificar se as autoridades sírias cumprem com os pontos da iniciativa proposta pela Liga Árabe para dar uma saída à crise como o fim da violência.

Conforme a ONU, desde que começaram os protestos em março, mais de 5 mil pessoas morreram pela repressão governamental na Síria.

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