Mundo

Segurança em Londres 2012 será similar a dos aeroportos

O governo anunciou um dispositivo de 24 mil pessoas treinadas para enfrentar "desde um ataque terrorista a um grande acidente"

No acesso às instalações esportivas, os espectadores passarão por detectores de metais e serão submetidos a controles exaustivos  (Anthony Charlton/LOCOG via Getty Images)

No acesso às instalações esportivas, os espectadores passarão por detectores de metais e serão submetidos a controles exaustivos (Anthony Charlton/LOCOG via Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 30 de maio de 2012 às 13h54.

Londres - Os espectadores que pretendem comparecer a alguma competição dos Jogos Olímpicos de Londres viverão uma "sensação similar" a de entrar em um aeroporto, segundo relataram nesta quarta-feira os responsáveis pelo sistema de segurança que blindará a capital britânica durante o evento.

O secretário de Estado de Segurança do Reino Unido, James Brokenshire, afirmou à imprensa que Londres preparou um dispositivo de 24 mil pessoas treinadas para enfrentar "desde um ataque terrorista a um grande acidente ou circunstâncias climatológicas extremas".

Um dos pontos-chave do dispositivo serão os acessos às instalações esportivas, onde os espectadores passarão por detectores de metais e serão submetidos a controles exaustivos na busca por objetos potencialmente perigosos.

"A mesma metodologia utilizada nos aeroportos, onde tudo o que entra deve ser registrado, será aplicada nos estádios. Os espectadores terão uma sensação similar", explicou o diretor-executivo do Comitê Organizador (Locog), Paul Deighton, ressaltando que não será permitido entrar nos locais de competição com bebidas alcoólicas.

Para prevenir problemas de desidratação entre o público, a organização se comprometeu a fornecer água de forma gratuita, mas lembrou que bebidas e alimentos serão vendidos nos estabelecimentos do Parque Olímpico.

Segundo a lista de preços divulgada hoje pelo Locog, uma garrafa de refrigerante custará 2,30 libras no interior das instalações esportivas (quase R$ 7), enquanto as cervejas custarão 4,20 libras (R$ 12,50).

"Para nos ajudar, os espectadores terão que ser pontuais e deverão evitar chegar aos estádios com grandes atrasos, o que pode retardar os controles", disse Deigton, que indicou que as filas para entrar em algumas arenas demorarão até 20 minutos.


Além de possíveis ameaças terroristas, o coordenador do plano de segurança olímpica, Chris Allison, da Scotland Yard, destacou os possíveis protestos que diversos grupos de ativistas poderiam organizar durante as Olimpíadas como uma das maiores preocupações das forças de segurança britânicas.

"A democracia outorga o direito a protestar, mas devemos ser claros: isso não significa que possam interromper os Jogos Olímpicos. Qualquer um que tenha pensado em manifestar-se durante esses dias, deve colocar-se antes em contato conosco. Por enquanto ninguém fez isso", comentou Allison.

O dispositivo de segurança para Londres 2012 inclui a participação de 7,5 mil militares, que darão apoio à polícia e aos agentes de segurança privada em diferentes âmbitos, mas que não patrulharão as ruas da capital britânica.

Brokenshire ressaltou que o plano de segurança, que terá um custo total de 658 milhões de euros, foi projetado para dar "pouca visibilidade" aos milhares de agentes que vigiarão Londres, para tentar "fomentar o espírito festivo na cidade" e não "entorpecer a realização do evento esportivo mais importante do mundo".

Nesse sentido, Allison ressaltou que a segurança que protege a tocha olímpica em seu percurso ao redor do Reino Unido é um bom exemplo de como se pode "velar pela segurança do público sem que as medidas pareçam arrasadoras". 

Acompanhe tudo sobre:AeroportosEsportesEuropaInfraestruturaLondresMetrópoles globaisOlimpíadasReino Unidoseguranca-digitalSetor de transporteTransportes

Mais de Mundo

Refugiados sírios tentam voltar para casa, mas ONU alerta para retorno em larga escala

Panamá repudia ameaça de Trump de retomar o controle do Canal

Milei insiste em flexibilizar Mercosul para permitir acordos comerciais com outros países

Trump escolhe Stephen Miran para chefiar seu conselho de assessores econômicos