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Segurança do One WTC questionada após incidentes

Incidentes recentes chamaram a atenção para a segurança do One World Trade Center, que está sendo construído no local dos prédios derrubados


	Prédio do One World Trade Center: jovem de 16 anos driblou a segurança, entrou no prédio e subiu de elevador até o 88º andar, e continuou de escadas até o 104º, o último
 (Stan Honda/AFP)

Prédio do One World Trade Center: jovem de 16 anos driblou a segurança, entrou no prédio e subiu de elevador até o 88º andar, e continuou de escadas até o 104º, o último (Stan Honda/AFP)

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Da Redação

Publicado em 29 de março de 2014 às 11h05.

Nova York - Incidentes recentes chamaram a atenção para a segurança do One World Trade Center, em Nova York, que está sendo construído no local dos prédios derrubados em 2001.

No primeiro episódio, paraquedistas se lançaram do alto do prédio em 30 de setembro de 2013, e no segundo, em 16 de março, um adolescente subiu para o topo do edifício. Os envolvidos foram detidos, mas os incidentes revelaram as falhas na segurança de um lugar simbólico para a cidade.

O fato mais recente foi o que chamou a atenção da imprensa primeiro. Um jovem de 16 anos driblou a segurança, entrou no prédio e subiu de elevador até o 88º andar, e continuou de escadas até o 104º, o último. O guarda responsável estava dormindo, e o garoto passou 2 horas no local, até ser descoberto por um funcionário e detido.

Já o segundo incidente, apesar de ter ocorrido há seis meses, só ficou conhecido esta semana. Três homens saltaram de paraquedas do alto da torre, enquanto uma quarta pessoa filmava seus movimentos.

Os quatro foram presos na segunda-feira, depois de uma investigação que durou meses. Um deles trabalhava na construção do One WTC na época. O vídeo da ação, disponível no Youtube, tem cerca de três milhões de acessos.

Um dos paraquedistas, Andrew Rossig, declarou à imprensa que eles não fizeram "esforço algum" para entrar naquele que "acredita-se que seja o edifício mais vigiado dos Estados Unidos".

"Deus impediu que fosse alguém com intenções de causar dano aos nova-iorquinos", acrescentou o homem de 33 anos, que foi acusado de três crimes, entre eles roubo.

Responsabilidade compartilhada

A segurança do prédio é compartilhada entre a Autoridade Portuária de Nova York e Nova Jersey e a Durst Organization, uma empresa privada, explicou à AFP Jordan Barowitz, diretor de assuntos externos da companhia.


Barowitz ressaltou que o episódio dos paraquedistas ocorreu quando apenas a agência governamental estava responsável pelo local: "Desde janeiro estamos encarregados da segurança dentro do prédio. Do lado de fora é a Autoridade Portuária".

"Estamos preocupados com o ocorrido e trabalhamos com a Autoridade Portuária para melhorar a segurança", afirmou Barowitz, sem revelar quantas pessoas vigiam a torre.

Como consequência dos problemas registrados, o chefe da segurança da Durst para o One WTC, David Velazquez, se demitiu nesta sexta-feira, informou Barotwitz.

Outros dois membros da segurança da Durst foram demitidos nas últimas semanas por não terem cumprido suas obrigações.

Já o responsável pela segurança da Autoridade Portuária, Joseph Dunne, indicou que a agência continua "reavaliando" suas medidas nessa área e trabalhando "de maneira constante para tornar o lugar o mais seguro possível".

"Levamos a segurança e esse tipo de infração de maneira extremamente séria, e processaremos os infratores", acrescentou.

O complexo do novo WTC inclui cinco torres, um memorial, um centro de transporte público, um espaço para comerciantes e outro para apresentações artísticas.

A Polícia de Nova York prevê um polêmico sistema de segurança para o local, que incluirá controles e barreiras nas ruas, com um custo de 40 milhões.

O One Word Trade Center será inaugurado em 2015.

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