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Seca na Austrália continuará até fim de 2014

Condições climátiacs aumentaram as expectativas de que a oferta de carne bovina do terceiro maior país exportador pode superar as projeções


	Carne: projeção de exportação da Austrália aumentou em 1%, para 1,13 milhão de toneladas
 (Elza Fiúza/ABr)

Carne: projeção de exportação da Austrália aumentou em 1%, para 1,13 milhão de toneladas (Elza Fiúza/ABr)

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Da Redação

Publicado em 25 de setembro de 2014 às 10h54.

Sydney - As condições de clima seco na costa leste da Austrália não deverão melhorar antes de 2015, disse o Escritório Australiano de Meteorologia, aumentando as expectativas de que a oferta de carne bovina do terceiro maior país exportador pode superar as projeções, com os pastos secos forçando o abate de mais animais.

O Estado de Queensland, que tem cerca de metade do rebanho da Austrália, vem sendo castigado pela seca ao longo de todo o ano de 2014.

Boa parte do Estado recebeu menos do que metade da média histórica de chuvas nos últimos nove meses, segundo dados do escritório de meteorologia.

As chances de chuvas dentro da média entre outubro e dezembro na maior parte de Queensland está em menos de 40 por cento, disse o órgão do governo nesta quinta-feira.

"Se em algum momento precisamos de uma boa chuva de primavera, provavelmente seria neste ano. Mas a projeção do escritório de meteorologia não é um bom começo", disse Matt Costello, analista de proteínas animais do Rabobank.

Na semana passada, o órgão oficial de estimativas para commodities elevou a projeção de exportação de carne bovina da Austrália em 1 por cento para 1,13 milhão de toneladas, com o clima seco continuando a estimular o abate a níveis quase recordes, e alertou que o número poderia ser maior se a seca continuasse.

"Se as condições sazonais não melhorarem no curto prazo, a taxa de nascimento de bezerros será menor e o abate será maior que o atualmente estimado. Isso resultaria em um rebanho bovino caindo abaixo das atuais previsões", disse o escritório de agricultura do país (Abares, na sigla original).

Em meio à impossibilidade de encontrar alimento e água para manter os animais vivos, o rebanho da Austrália deverá cair ao menor patamar em cinco anos, para 27,1 milhões de cabeça ao fim de 2014/15, refletindo dois anos consecutivos de abastes intensos, disse o Abares.

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