Sauditas dizem que acordo com Irã pode resolver problema
Riad - Arábia Saudita e outros países da região do Golfo elogiaram acordo provisório, apesar da desconfiança que têm em relação ao Irã
Da Redação
Publicado em 25 de novembro de 2013 às 17h52.
Riad - Arábia Saudita e outros países da região do Golfo, apesar da desconfiança que têm em relação ao Irã , elogiaram nesta segunda-feira o acordo provisório firmado entre Teerã e o Ocidente sobre o programa nuclear iraniano.
A Arábia Saudita, aliada dos Estados Unidos, que disputa influência política com o Irã no Oriente Médio, se preocupa pela possibilidade de o seu adversário tentar desenvolver armas atômicas, algo que os iranianos negam buscar.
"Se houver boa vontade, esse acordo pode representar um primeiro passo para uma solução do problema nuclear iraniano", disse o gabinete saudita, em comunicado divulgado pela imprensa estatal.
O reino disse esperar os próximos passos para que se garanta o direito de todos os Estados da região à energia nuclear para fins pacíficos.
Mais cedo, o Catar e o Kuweit também aprovaram o acordo firmado neste domingo em Genebra. Os dois países disseram esperar que o pacto ajude a preservar a segurança regional.
Israel classificou o acordo entre o Irã e as potências ocidentais como um erro histórico, pois a medida deixaria o desenvolvimento de armas atômicas ao alcance dos iranianos.
Os dirigentes da Arábia Saudita e de outros países governados por sunitas na região temem que a aproximação do xiita Irã com o Ocidente alivie a pressão sobre Teerã e dê aos iranianos mais liberdade de atuação.
Eles dizem que o Irã já domina o governo liderado por xiitas do Iraque, usa o Hezbollah na Síria e no Líbano e dá apoio aos protestos xiitas no Barein e aos rebeldes do Iêmen.
No domingo, um importante conselheiro do governo saudita para temas de política externa disse estar preocupado que o acordo pudesse ajudar o Irã a ampliar o seu poder em países árabes, sinalizando o desconforto de Riad com a aproximação entre Teerã e o Ocidente.
"O governo do Irã tem provado que tem uma agenda perversa para a região. Ninguém na região vai dormir pensando que está tudo bem", disse Abdullah al-Askar, presidente do comitê de relações exteriores do conselho que assessora o governo na elaboração de políticas.
Os dois únicos países arábes amigos do Irã, a Síria e o Iraque, elogiaram de pronto o acordo no domingo, que também foi bem recebido pela Autoridade Palestina. Os Emirados Árabes e o Barein também apoiaram.
Omã, que foi o local das negociações secretas entre os Estados Unidos e o Irã que abriram o caminho para o acordo, disse esperar que o pacto contribua para a paz na região.
Riad - Arábia Saudita e outros países da região do Golfo, apesar da desconfiança que têm em relação ao Irã , elogiaram nesta segunda-feira o acordo provisório firmado entre Teerã e o Ocidente sobre o programa nuclear iraniano.
A Arábia Saudita, aliada dos Estados Unidos, que disputa influência política com o Irã no Oriente Médio, se preocupa pela possibilidade de o seu adversário tentar desenvolver armas atômicas, algo que os iranianos negam buscar.
"Se houver boa vontade, esse acordo pode representar um primeiro passo para uma solução do problema nuclear iraniano", disse o gabinete saudita, em comunicado divulgado pela imprensa estatal.
O reino disse esperar os próximos passos para que se garanta o direito de todos os Estados da região à energia nuclear para fins pacíficos.
Mais cedo, o Catar e o Kuweit também aprovaram o acordo firmado neste domingo em Genebra. Os dois países disseram esperar que o pacto ajude a preservar a segurança regional.
Israel classificou o acordo entre o Irã e as potências ocidentais como um erro histórico, pois a medida deixaria o desenvolvimento de armas atômicas ao alcance dos iranianos.
Os dirigentes da Arábia Saudita e de outros países governados por sunitas na região temem que a aproximação do xiita Irã com o Ocidente alivie a pressão sobre Teerã e dê aos iranianos mais liberdade de atuação.
Eles dizem que o Irã já domina o governo liderado por xiitas do Iraque, usa o Hezbollah na Síria e no Líbano e dá apoio aos protestos xiitas no Barein e aos rebeldes do Iêmen.
No domingo, um importante conselheiro do governo saudita para temas de política externa disse estar preocupado que o acordo pudesse ajudar o Irã a ampliar o seu poder em países árabes, sinalizando o desconforto de Riad com a aproximação entre Teerã e o Ocidente.
"O governo do Irã tem provado que tem uma agenda perversa para a região. Ninguém na região vai dormir pensando que está tudo bem", disse Abdullah al-Askar, presidente do comitê de relações exteriores do conselho que assessora o governo na elaboração de políticas.
Os dois únicos países arábes amigos do Irã, a Síria e o Iraque, elogiaram de pronto o acordo no domingo, que também foi bem recebido pela Autoridade Palestina. Os Emirados Árabes e o Barein também apoiaram.
Omã, que foi o local das negociações secretas entre os Estados Unidos e o Irã que abriram o caminho para o acordo, disse esperar que o pacto contribua para a paz na região.