Saúde de Chávez deixa cubanos em alerta
A saúde de Hugo Chávez, que foi operado de um tumor cancerígeno em Havana, preocupa os cubanos, que têm a Venezuela como o principal aliado político e econômico
Da Redação
Publicado em 2 de julho de 2011 às 15h45.
Havana -- A saúde do presidente venezuelano Hugo Chávez, que há três semanas está sendo tratado em Havana, onde foi operado de um tumor cancerígeno, é uma séria preocupação na capital cubana, que tem a Venezuela como o principal aliado político e econômico.
O presidente venezuelano, de 56 anos, foi submetido a duas cirurgias, uma por um abscesso pélvico e outra para extrair o tumor, no melhor hospital especializado de Cuba, segundo informações oficiais. No mesmo hospital foi tratado seu 'mentor político', Fidel Castro.
Um dia antes, o presidente venezuelano havia revelado, de Cuba, a seu país sobre sua doença pela televisão. "A relação com a Venezuela, que é a mais estratégica para o governo cubano, pode continuar sem Chávez, mas o cenário complicaria a reforma com um ambiente internacional menos favorável", disse o analista cubano Arturo López-Levy, da Universidade de Denver, à AFP.
Raúl Castro
Chávez tem dado muito apoio ao governo de Raúl Castro (irmão de Fidel e a quem ele passou o poder quando estava doente em 2006), com vários acordos de negócios e de cooperação, os mais recentes em um valor aproximado de 1,3 bilhão de dólares, assinados quando chegou a Havana no dia 8 de junho.
"Esperamos que não aconteça nada com ele. Sem Chávez, nós cubanos vamos voltar a passar tempos difíceis como antes. Vão voltar os apagões", afirma Elisa Castellanos, dona de casa de 68 anos. A chegada de Chávez ao poder em 1999 foi uma salvação para a ilha comunista, sufocada pela grave crise econômica iniciada após o fim da União Soviética (URSS), que apoiou o governo de Fidel Castro por três décadas.
Raúl Castro trabalha num plano de abertura econômica para deixar para trás o desgastado modelo soviético e afirma ainda que Cuba e Venezuela caminham para "uma união econômica" e vai ampliar e diversificar as relações com gigantes como o Brasil e a China, após a amarga experiência da dependência da URSS.
Cuba recebe diariamente 100.000 barris de petróleo venezuelano (pouco mais de 50% de seu consumo) em condições de pagamento favoráveis, e a estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA) realiza trabalhos de exploração em águas profundas da área cubana do Golfo do México.
Poços de petróleo
Além disso, Cuba começa, ainda neste ano, a perfuração de cinco poços no Golfo do México, com vários sócios estrangeiros, para reduzir a dependência da commodity venezuelana. Cuba e Venezuela modernizaram e operam a refinaria de Cienfuegos, no centro de Cuba, que processa cerca de 65 mil barris de petróleo por dia e deve ampliar esse número para 150 mil.
Os dois países também têm centenas de projetos em alimentação, tecnologia, saúde, pesca, transporte, cultura, turismo, agro-pecuária, empresas mistas de siderurgia, indústria, transporte, açúcar e comunicações, como a que colocou cabos de fibra ótica que melhoraram a velocidade de conexão da ilha.
A Venezuela é o maior parceiro de Cuba, com um volume comercial de 3,5 bilhões de dólares por ano. Quando Chávez apareceu na televisão para enviar a mensagem para os venezuelanos, agradeceu a Deus, a Fidel Castro e à medicina cubana, por "continuar vivendo" e "continuar vencendo".
Havana -- A saúde do presidente venezuelano Hugo Chávez, que há três semanas está sendo tratado em Havana, onde foi operado de um tumor cancerígeno, é uma séria preocupação na capital cubana, que tem a Venezuela como o principal aliado político e econômico.
O presidente venezuelano, de 56 anos, foi submetido a duas cirurgias, uma por um abscesso pélvico e outra para extrair o tumor, no melhor hospital especializado de Cuba, segundo informações oficiais. No mesmo hospital foi tratado seu 'mentor político', Fidel Castro.
Um dia antes, o presidente venezuelano havia revelado, de Cuba, a seu país sobre sua doença pela televisão. "A relação com a Venezuela, que é a mais estratégica para o governo cubano, pode continuar sem Chávez, mas o cenário complicaria a reforma com um ambiente internacional menos favorável", disse o analista cubano Arturo López-Levy, da Universidade de Denver, à AFP.
Raúl Castro
Chávez tem dado muito apoio ao governo de Raúl Castro (irmão de Fidel e a quem ele passou o poder quando estava doente em 2006), com vários acordos de negócios e de cooperação, os mais recentes em um valor aproximado de 1,3 bilhão de dólares, assinados quando chegou a Havana no dia 8 de junho.
"Esperamos que não aconteça nada com ele. Sem Chávez, nós cubanos vamos voltar a passar tempos difíceis como antes. Vão voltar os apagões", afirma Elisa Castellanos, dona de casa de 68 anos. A chegada de Chávez ao poder em 1999 foi uma salvação para a ilha comunista, sufocada pela grave crise econômica iniciada após o fim da União Soviética (URSS), que apoiou o governo de Fidel Castro por três décadas.
Raúl Castro trabalha num plano de abertura econômica para deixar para trás o desgastado modelo soviético e afirma ainda que Cuba e Venezuela caminham para "uma união econômica" e vai ampliar e diversificar as relações com gigantes como o Brasil e a China, após a amarga experiência da dependência da URSS.
Cuba recebe diariamente 100.000 barris de petróleo venezuelano (pouco mais de 50% de seu consumo) em condições de pagamento favoráveis, e a estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA) realiza trabalhos de exploração em águas profundas da área cubana do Golfo do México.
Poços de petróleo
Além disso, Cuba começa, ainda neste ano, a perfuração de cinco poços no Golfo do México, com vários sócios estrangeiros, para reduzir a dependência da commodity venezuelana. Cuba e Venezuela modernizaram e operam a refinaria de Cienfuegos, no centro de Cuba, que processa cerca de 65 mil barris de petróleo por dia e deve ampliar esse número para 150 mil.
Os dois países também têm centenas de projetos em alimentação, tecnologia, saúde, pesca, transporte, cultura, turismo, agro-pecuária, empresas mistas de siderurgia, indústria, transporte, açúcar e comunicações, como a que colocou cabos de fibra ótica que melhoraram a velocidade de conexão da ilha.
A Venezuela é o maior parceiro de Cuba, com um volume comercial de 3,5 bilhões de dólares por ano. Quando Chávez apareceu na televisão para enviar a mensagem para os venezuelanos, agradeceu a Deus, a Fidel Castro e à medicina cubana, por "continuar vivendo" e "continuar vencendo".