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Sarkozy defende normas para controlar fluxos de capital

Presidente francês considera que liberalização desordenada do capital pode levar a crises

Nicolas Sarkozy defende que a economia mundial seja menos dependente do dólar (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)
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Da Redação

Publicado em 13 de dezembro de 2010 às 13h05.

O presidente da França, Nicolas Sarkozy, exortou os países do G-20 (grupo das 20 maiores economias do mundo) a elaborarem normas para controlar fluxos de capital que possam ser prejudiciais às políticas monetárias dos países membros.

Ele também disse que o G-20 deveria estudar a possibilidade de fortalecer o papel dos Direitos Especiais de Saque junto ao FMI e de outras moedas, de modo a tornar o sistema monetário global menos dependente do dólar norte-americano.

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"Estamos vivendo sob a ilusão de que fluxos livres de capital são, por definição, bons para o desenvolvimento. Mas uma liberalização desordenada pode tornar os países vulneráveis a crises sistêmicas", afirmou Sarkozy no Palácio do Eliseu durante cerimônia por ocasião do 50º aniversário de fundação da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

A França assumiu a presidência rotativa do G-20 em novembro e adotou como prioridade a reforma do sistema monetário internacional. Sarkozy disse que o crescimento súbito de fluxos de capital de investidores em busca de taxas de retorno maiores para países emergentes levou alguns deles, como o Brasil, a adotarem impostos sobre esses investimentos. "Precisamos de normas e de instituições que garantam sua aplicação", disse o presidente francês.

Ele também reiterou que um dos objetivos da França é buscar maneiras de tornar o sistema monetário internacional menos dependente do dólar, de modo que outros países estejam menos expostos à política monetária do Federal Reserve (Fed, banco central americano), sobre a qual eles não têm como opinar. "Deveríamos pensar no papel dos Direitos Especiais de Saque e na internacionalização de outras moedas", acrescentou, ressalvando que a França não tem a intenção de minar o papel do dólar, que deveria continuar proeminente, mas "não exclusivo". As informações são da Dow Jones.

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