“No lugar do outro”

Em seu discurso de abertura num encontro anual que reúne oficiais chineses e americanos, o presidente chinês, Xi Jinping, disse que os dois países precisam “se colocar no lugar do outro” e que os desentendimentos não devem ser usados como “desculpa para o confronto”. Ainda que sem fazer referência ao Mar da China, um dos principais pontos de disputa entre chineses e americanos, Xi Jinping disse que o Pacífico não deve se transformar numa “arena de competição”. A fala foi reiterada pelo secretário de Estado americano, John Kerry, que afirmou que as duas maiores economias do mundo vêm trabalhando para uma “resolução pacífica da disputa no Mar da China”. Kerry disse ainda que é importante que os países cooperem para impedir a Coreia do Norte de expandir suas ações nucleares.

–

Sanders até o fim

Pré-candidato à Presidência pelo Partido Democrata, Bernie Sanders voltou a dizer que contestará a nomeação de Hillary Clinton na convenção nacional do partido, em julho, mesmo que a rival obtenha os 2.383 delegados necessários para assegurar a candidatura. Depois de sair com a vitória nas primárias de Porto Rico no domingo, Hillary só precisa de mais 28 delegados para atingir a marca, mas o grande argumento de Sanders é que a contagem inclui os superdelegados, que, em tese, podem mudar de lado a qualquer momento. As primárias da terça-feira 7, que acontecem na Califórnia e em mais cinco estados, são consideradas primordiais. Hillary já anunciou que, depois de terça, a missão deve ser de unificar o partido, e Sanders deveria ajudá-la nessa tarefa.

–

Tão tóxico quanto cigarro

O site BuzzFeed anunciou nesta segunda-feira que se recusa a veicular o anúncio de “Trump para presidente”, cancelando, assim, um acordo de publicidade no valor de 1,3 milhão de dólares com o Partido Republicano. O negócio teria sido fechado em abril, antes da confirmação de Trump como candidato. Em comunicado enviado a funcionários, o presidente do BuzzFeed, Jonah Peretti, afirmou que é preciso fazer “exceções”. “Não veiculamos anúncios de cigarro porque são danosos à saúde, e não aceitaremos anúncios de Trump pela mesma razão”, disse. Contudo, Peretti reiterou que o BuzzFeed continua aceitando anúncios de outros candidatos republicanos, assim como de democratas.

–

Eleições apertadas no Peru

Com mais de 91% das urnas apuradas, Pedro Pablo Kuczynsk tem pequena vantagem sobre Keiko Fujimori no segundo turno das eleições presidenciais peruanas. Até o fim da tarde desta segunda-feira, Kuczynsk (ex-executivo de Wall Street e conhecido no Peru por suas iniciais PPK) tinha 50,32% dos votos, ante 49,68% de Keiko — uma diferença de pouco mais de 100.000 votos. Ainda não se sabe quando o resultado final será anunciado. Keiko liderou grande parte da disputa, mas perdeu espaço sobretudo devido à imagem negativa trazida pelo legado de seu pai, o ex-general e ex-presidente Alberto Fujimori, que cumpre 25 anos de prisão por corrupção e abuso dos direitos humanos.

–

Aumento de juros provável no Fed

A presidente do banco central americano, Janet Yellen, disse nesta segunda-feira que um aumento da taxa de juro do Fed provavelmente está a caminho e que as “forças econômicas positivas superaram as negativas” nos Estados Unidos, apesar dos números fracos no mercado de trabalho. Depois de o Departamento de Trabalho divulgar na última semana que apenas 38.000 vagas de emprego foram abertas em maio, o Fed também anunciou nesta segunda-feira que seu índice que mede o setor atingiu o nível mais baixo desde maio de 2009.

–

Linha luxo da Ford na China

A montadora Ford está em negociação com uma parceira chinesa para construir no país uma base para a produção de sua linha de luxo, a Lincoln. Pessoas próximas disseram à Bloomberg que a Ford planeja uma grande presença manufatureira em Chongqing, no sul da China, tornando a cidade um ponto de exportação para a Ásia, além de atender ao mercado local. Um acordo oficial ainda não foi fechado e especula-se que a produção pode começar entre 2018 e 2020. A China vem se mostrando um dos maiores mercados da linha Lincoln, e produzir os veículos no país faria a Ford economizar cerca de 25% em impostos.