Mundo

Salvini tacha de "provocação" chegada de barco de ONG ao Canal da Sicília

Nos últimos meses, a Open Arms entrou em confronto com o ministro italiano, que advertiu que não receberia embarcações da organização humanitária

A ONG Open Arms é a única organização que ainda atua no Mediterrâneo (Jon Nazca/Reuters)

A ONG Open Arms é a única organização que ainda atua no Mediterrâneo (Jon Nazca/Reuters)

E

EFE

Publicado em 23 de julho de 2018 às 10h11.

Roma - O ministro do Interior da Itália, Matteo Salvini, tachou nesta segunda-feira de "provocação" a decisão do barco da ONG espanhola Proactiva Open Arms de retornar ao Canal da Sicília para socorrer migrantes.

"O Open Arms se está dirigindo para o Canal de Sicília. Outras provocações à vista? Informarei", disse Salvini em sua conta no Twitter.

O barco da ONG retorna ao Mediterrâneo Central depois de atracar no último sábado no porto espanhol de Palma de Mallorca para desembarcar a sobrevivente camaronesa e os corpos de uma mulher e uma criança que, segundo denunciaram, foram abandonados em alto-mar pela Guarda Costeira da Líbia.

"O Open Arms zarpa de volta onde as vidas se perdem sem sentido. E iremos tantas vezes quanto for necessário enquanto houver pessoas em risco de morte", publicou a ONG no Twitter.

A queda de braço da Proactiva Open Arms, a única organização ainda no Mediterrâneo, com Salvini tem sido evidente nos últimos meses, especialmente depois que o ministro advertiu que não abriria os portos italianos às embarcações desta organização humanitária.

Vários membros da tripulação do "Open Arms", incluindo o jogador da NBA Marc Gasol, denunciaram por omissão de socorro e homicídio culposo o capitão de um navio mercante e a Guarda Costeira da Líbia pelo naufrágio, pelo qual também responsabilizam a Itália.

O Ministério do Interior afirmou que "estão instrumentalizando uma vítima com fins políticos".

Acompanhe tudo sobre:BarcosImigraçãoItáliaONGsRefugiados

Mais de Mundo

Mais de R$ 4,3 mil por pessoa: Margem Equatorial já aumenta pib per capita do Suriname

Nicarágua multará e fechará empresas que aplicarem sanções internacionais

Conselho da Europa pede que países adotem noção de consentimento nas definições de estupro

Tesla reduz preços e desafia montadoras no mercado automotivo chinês