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Rússia tem lista de políticos proibidos de entrar no país

O governo emitiu uma lista de políticos europeus que não podem mais entrar em território russo, uma resposta às sanções pelo conflito ucraniano

Muro é pintado com o mapa da Crimeia com a bandeira da Rússia em uma rua de Moscou (Artur Bainozarov/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de maio de 2015 às 21h36.

Moscou emitiu uma lista de personalidades políticas europeias que não podem mais entrar em território russo, revelou nesta sexta-feira o primeiro-ministro da Holanda , Mark Rutte, evocando uma resposta às sanções europeias que se seguiram à anexação da Crimeia e ao conflito no leste da Ucrânia .

"A Rússia enviou ontem a várias embaixadas europeias uma lista de pessoas que não podem entrar no território russo", disse o primeiro-ministro em uma coletiva de imprensa, acrescentando que três deputados holandeses estão nessa relação.

A lista de Moscou, que incluiria entre 80 e 90 nomes, foi divulgada em resposta às sanções e às proibições de entrada no território da UE pronunciadas em relação à Rússia após a anexação, em março de 2014, da Crimeia e por seu papel na crise ucraniana, de acordo com Mark Rutte.

Um porta-voz da diplomacia da UE assegurou à AFP que a Rússia rejeitou vários políticos europeus nos últimos meses, mas se recusou a fornecer uma lista de pessoas visadas.

"Tomamos nota da decisão das autoridades russas de compartilhar essa lista", indicou a porta-voz em um e-mail, acrescentando: "nós não temos nenhuma outra informação sobre a base jurídica, critérios, ou processo".

O líder do grupo liberal no Parlamento Europeu e ex-primeiro-ministro belga, Guy Verhofstadt, está na lista, indicou seu porta-voz Jeroen Reijnen.

"Verhofstadt não pode entrar na Rússia. Ele está na lista negra com cerca de 80 pessoas", disse ele.

Rutte afirmou, por sua vez, que o governo holandês "condena" a decisão e "irá informar Moscou, em termos inequívocos".

A lista russa "não se baseia no Direito Internacional, não é transparente e é impossível contestá-la", lamentou Mark Rutte.

O atual primeiro-ministro belga, Charles Michel, e seu ministro das Relações Exteriores, Didier Reynders, pediram nesta sexta às autoridades russas que reconsiderem a proibição, informou a agência de notícias Belga.

"Peço às autoridades russas que revejam essa decisão. Questionamos com firmeza essa decisão do governo russo", declarou o primeiro-ministro belga, de acordo com seu porta-voz citado pela agência.

Na última segunda-feira, o governo alemão considerou inaceitável que o parlamentar alemão Karl-Georg Wellmann, que tem fortes laços com a Ucrânia, tenha tido sua entrada na Rússia rejeitada no domingo.

Da mesma coligação conservadora da chanceler Angela Merkel - União Democrata Cristã (CDU, em alemão) e União Social Cristã (CSU) -, Wellmann preside o grupo de amizade parlamentar germano-ucraniana no Bundestag.

O próprio Wellmann contou a vários jornais alemães ter sido impedido de entrar na Rússia, ao desembarcar no aeroporto de Moscou. Ele havia sido convidado a viajar para a capital russa para ter reuniões políticas.

Wellmann foi obrigado pelas autoridades russas a tomar o avião de volta para Berlim e foi comunicado da proibição de entrar na Rússia até 2019.

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Moscou emitiu uma lista de personalidades políticas europeias que não podem mais entrar em território russo, revelou nesta sexta-feira o primeiro-ministro da Holanda , Mark Rutte, evocando uma resposta às sanções europeias que se seguiram à anexação da Crimeia e ao conflito no leste da Ucrânia .

"A Rússia enviou ontem a várias embaixadas europeias uma lista de pessoas que não podem entrar no território russo", disse o primeiro-ministro em uma coletiva de imprensa, acrescentando que três deputados holandeses estão nessa relação.

A lista de Moscou, que incluiria entre 80 e 90 nomes, foi divulgada em resposta às sanções e às proibições de entrada no território da UE pronunciadas em relação à Rússia após a anexação, em março de 2014, da Crimeia e por seu papel na crise ucraniana, de acordo com Mark Rutte.

Um porta-voz da diplomacia da UE assegurou à AFP que a Rússia rejeitou vários políticos europeus nos últimos meses, mas se recusou a fornecer uma lista de pessoas visadas.

"Tomamos nota da decisão das autoridades russas de compartilhar essa lista", indicou a porta-voz em um e-mail, acrescentando: "nós não temos nenhuma outra informação sobre a base jurídica, critérios, ou processo".

O líder do grupo liberal no Parlamento Europeu e ex-primeiro-ministro belga, Guy Verhofstadt, está na lista, indicou seu porta-voz Jeroen Reijnen.

"Verhofstadt não pode entrar na Rússia. Ele está na lista negra com cerca de 80 pessoas", disse ele.

Rutte afirmou, por sua vez, que o governo holandês "condena" a decisão e "irá informar Moscou, em termos inequívocos".

A lista russa "não se baseia no Direito Internacional, não é transparente e é impossível contestá-la", lamentou Mark Rutte.

O atual primeiro-ministro belga, Charles Michel, e seu ministro das Relações Exteriores, Didier Reynders, pediram nesta sexta às autoridades russas que reconsiderem a proibição, informou a agência de notícias Belga.

"Peço às autoridades russas que revejam essa decisão. Questionamos com firmeza essa decisão do governo russo", declarou o primeiro-ministro belga, de acordo com seu porta-voz citado pela agência.

Na última segunda-feira, o governo alemão considerou inaceitável que o parlamentar alemão Karl-Georg Wellmann, que tem fortes laços com a Ucrânia, tenha tido sua entrada na Rússia rejeitada no domingo.

Da mesma coligação conservadora da chanceler Angela Merkel - União Democrata Cristã (CDU, em alemão) e União Social Cristã (CSU) -, Wellmann preside o grupo de amizade parlamentar germano-ucraniana no Bundestag.

O próprio Wellmann contou a vários jornais alemães ter sido impedido de entrar na Rússia, ao desembarcar no aeroporto de Moscou. Ele havia sido convidado a viajar para a capital russa para ter reuniões políticas.

Wellmann foi obrigado pelas autoridades russas a tomar o avião de volta para Berlim e foi comunicado da proibição de entrar na Rússia até 2019.

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