Navio "Artic Sunrise", do Greenpeace: investigadores disseram que acusações adicionais seriam feitas contra alguns dos detidos após buscas no barco encontrarem drogas e outros itens suspeitos (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 11 de outubro de 2013 às 10h02.
Moscou - Os dois britânicos detidos na Rússia devido a um protesto do Greenpeace foram mantidos em prisão preventiva nesta sexta-feira, a primeira derrota para os estrangeiros, incluindo uma brasileira, entre as 30 pessoas detidas que solicitam o direito a fiança.
O cinegrafista freelancer Kieron Bryan e o ativista do Greenpeace Phillip Ball, acusados de pirataria como todos, haviam apresentado recurso contra a decisão de prisão até o final de novembro.
A corte na cidade portuária de Murmansk, norte da Rússia, já havia negado fiança a quatro russos presos durante o protesto em 18 de setembro, no qual um barco do Greenpeace foi abordado por forças de segurança quando os ativistas tentavam escalar uma plataforma de petróleo de propriedade da Gazprom no Ártico.
Investigadores disseram que acusações adicionais seriam feitas contra alguns dos detidos após buscas no barco encontrarem drogas e outros itens suspeitos. O Greenpeace nega que houvesse itens ilegais a bordo.
O presidente Vladimir Putin já afirmou que os ativistas não são piratas, mas haviam violado a lei internacional. O chefe do órgão de direitos humanos do Kremlin disse que pediria aos promotores para retirar as acusações de pirataria.
Na quinta-feira, a presidente Dilma Rousseff, por meio de sua conta no Twitter, disse ter determinado ao Ministério das Relações Exteriores que inicie contatos de "alto nível" com o governo russo em busca de uma solução para a brasileira Ana Paula Maciel, que está entre os detidos.
O Greenpeace diz que o protesto foi pacífico e que as acusações de pirataria são absurdas e infundadas. Além de Brasil, entre os detidos há cidadãos da Argentina, Austrália, Canadá, Dinamarca, EUA, França, Holanda, Itália, Nova Zelândia, Suíça e Turquia, informou a Greenpeace.