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Rússia pede reunião na ONU sobre a Síria

Forças norte-americanas, britânicas e francesas atacaram a Síria com mais de 100 mísseis no sábado

Putin: a atual escalada da situação em torno da Síria tem um impacto devastador (Yuri Kadobnov/Reuters)

Putin: a atual escalada da situação em torno da Síria tem um impacto devastador (Yuri Kadobnov/Reuters)

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Reuters

Publicado em 14 de abril de 2018 às 09h18.

Última atualização em 14 de abril de 2018 às 10h49.

Moscou - A Rússia pediu no sábado uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU, ao mesmo tempo em que disse que vai avaliar o fornecimento de sistemas de mísseis S-300 para a Síria após os ataques liderados pelos Estados Unidos.

"A Rússia pede uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU para discutir ações agressivas dos EUA e seus aliados", disse o presidente Vladimir Putin em um comunicado publicado no site do Kremlin. "A atual escalada da situação em torno da Síria tem um impacto devastador em todo o sistema de relações internacionais", acrescentou.

Forças norte-americanas, britânicas e francesas atacaram a Síria com mais de 100 mísseis no sábado, em resposta a um ataque com gás venenoso que matou dezenas de pessoas na semana passada, na maior intervenção das potências ocidentais contra o presidente sírio, Bashar al-Assad.

Putin disse que as ações dos EUA na Síria pioraram a catástrofe humanitária e causaram dor aos civis. "A Rússia, da maneia mais séria, condena o ataque à Síria, onde militares russos ajudam o governo legítimo a combater o terrorismo", disse Putin.

Mísseis para Síria

Moscou pode considerar o fornecimento de sistemas de mísseis terra-ar S-300 para a Síria e "outros países", disse o coronel-general Sergei Rudskoi em um briefing televisionado no sábado.

A Rússia "recusou-se" a fornecer esses mísseis à Síria há alguns anos, acrescentou, "levando em conta o forte pedido de alguns de nossos parceiros ocidentais". Mas após os ataques liderados pelos EUA "consideramos possível voltar ao exame desta questão não apenas em relação à Síria, mas também a outros países", disse Rudskoi.

O sistema de defesa aérea da Síria, que consiste principalmente de sistemas fabricados na União Soviética, interceptou 71 dos mísseis disparados no sábado pelas forças norte-americanas, britânicas e francesas, acrescentou. "No último ano e meio, a Rússia restaurou totalmente o sistema de defesa aérea da Síria e continua a atualizá-lo ainda mais", disse Rudskoi.

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