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Rússia pede fim das sanções internacionais ao Irã

Rússia pediu que sanções sobre o Irã sejam retiradas, após anúncio de que Teerã está disposto a falar com o Grupo 5+1 sobre enriquecimento de urânio

O ministro das Relações Exteriores russo Serguei Lavrov: "iranianos estão dispostos a abordar com o "sexteto" o assunto da cessação do enriquecimento de urânio", disse (©AFP / Atta Kenare)
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Da Redação

Publicado em 16 de setembro de 2013 às 13h11.

Moscou - A Rússia pediu nesta segunda-feira que as sanções internacionais que pesam sobre o Irã sejam retiradas perante o anúncio de que Teerã está disposto a falar com o Grupo 5+1 sobre a cessação do enriquecimento de urânio a 20%.

"Nossos colegas iranianos estão dispostos a abordar com o "sexteto" o assunto da cessação do enriquecimento de urânio a 20%. Isso seria um passo muito importante", afirmou Sergei Lavrov, ministro das Relações Exteriores russo, citado pelas agências locais.

Lavrov, que fez estas afirmações depois de se reunir com o chefe da diplomacia egípcia, Nabil Fahmi, destacou a importância de que as grandes potências estejam dispostas a responder perante um "potencial acordo" a respeito.

"Certamente, a cessação do enriquecimento iraniano a 20% não deve ser feita de maneira unilateral e sempre e quando houver concessões sobre o levantamento das sanções provisórias e, especialmente, as unilaterais adotadas em violação das obrigações contraídas nas resoluções da ONU pelos ocidentais, entre outros países", destacou.

O chefe da diplomacia russa assinalou que Moscou cumprimenta "as declarações do novo Governo do Irã sobre sua vontade de garantir uma maior transparência sobre seu programa nuclear e de buscar vias de dissipar as inquietações" da comunidade internacional.

"Nós reconhecemos o direito do Irã ao uso pacífico da energia nuclear, incluindo o direito ao enriquecimento, caso que sejam solucionadas todas as dúvidas sobre o programa nuclear iraniano que abriga a AIEA", disse.


Lavrov ressaltou que, em todo caso, todas as atividades nucleares da República Islâmica devem estar sob controle da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).

Ao se reunir na sexta-feira passada com o presidente russo, Vladimir Putin, o novo líder iraniano, Hassan Rohani, assegurou que Teerã quer uma "prontíssima solução" para a crise provocada por seu programa nuclear "no marco das normas internacionais".

Contudo, Rohani assegurou que "só se poderá garantir o caráter pacífico do programa nuclear do Irã" se houver"vontade política, respeito dos interesses comuns, e o povo iraniano possa exercer seu direito".

"A garantia pode ser atingida em um curto período de tempo através do fortalecimento da confiança mútua", destacou Rohani em um fórum regional no Quirguistão durante sua primeira viagem ao exterior desde sua eleição em junho.

O Grupo 5+1 (os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança mais Alemanha), segue esperando que o Irã dê uma resposta concreta à oferta feita pelas seis potências em fevereiro em Almaty (Cazaquistão) de suspender o enriquecimento de urânio a 20% e reduzir a capacidade da usina subterrânea de processamento nuclear de Fordo.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, confirmou ontem que trocou cartas com Rohani, cuja eleição despertou grandes expectativas no Ocidente por ter um perfil mais moderado que seu antecessor, Mahmoud Ahmadinejad.

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Moscou - A Rússia pediu nesta segunda-feira que as sanções internacionais que pesam sobre o Irã sejam retiradas perante o anúncio de que Teerã está disposto a falar com o Grupo 5+1 sobre a cessação do enriquecimento de urânio a 20%.

"Nossos colegas iranianos estão dispostos a abordar com o "sexteto" o assunto da cessação do enriquecimento de urânio a 20%. Isso seria um passo muito importante", afirmou Sergei Lavrov, ministro das Relações Exteriores russo, citado pelas agências locais.

Lavrov, que fez estas afirmações depois de se reunir com o chefe da diplomacia egípcia, Nabil Fahmi, destacou a importância de que as grandes potências estejam dispostas a responder perante um "potencial acordo" a respeito.

"Certamente, a cessação do enriquecimento iraniano a 20% não deve ser feita de maneira unilateral e sempre e quando houver concessões sobre o levantamento das sanções provisórias e, especialmente, as unilaterais adotadas em violação das obrigações contraídas nas resoluções da ONU pelos ocidentais, entre outros países", destacou.

O chefe da diplomacia russa assinalou que Moscou cumprimenta "as declarações do novo Governo do Irã sobre sua vontade de garantir uma maior transparência sobre seu programa nuclear e de buscar vias de dissipar as inquietações" da comunidade internacional.

"Nós reconhecemos o direito do Irã ao uso pacífico da energia nuclear, incluindo o direito ao enriquecimento, caso que sejam solucionadas todas as dúvidas sobre o programa nuclear iraniano que abriga a AIEA", disse.


Lavrov ressaltou que, em todo caso, todas as atividades nucleares da República Islâmica devem estar sob controle da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).

Ao se reunir na sexta-feira passada com o presidente russo, Vladimir Putin, o novo líder iraniano, Hassan Rohani, assegurou que Teerã quer uma "prontíssima solução" para a crise provocada por seu programa nuclear "no marco das normas internacionais".

Contudo, Rohani assegurou que "só se poderá garantir o caráter pacífico do programa nuclear do Irã" se houver"vontade política, respeito dos interesses comuns, e o povo iraniano possa exercer seu direito".

"A garantia pode ser atingida em um curto período de tempo através do fortalecimento da confiança mútua", destacou Rohani em um fórum regional no Quirguistão durante sua primeira viagem ao exterior desde sua eleição em junho.

O Grupo 5+1 (os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança mais Alemanha), segue esperando que o Irã dê uma resposta concreta à oferta feita pelas seis potências em fevereiro em Almaty (Cazaquistão) de suspender o enriquecimento de urânio a 20% e reduzir a capacidade da usina subterrânea de processamento nuclear de Fordo.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, confirmou ontem que trocou cartas com Rohani, cuja eleição despertou grandes expectativas no Ocidente por ter um perfil mais moderado que seu antecessor, Mahmoud Ahmadinejad.

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