O general russo afirmou que eles prestam socorro à população civil na região (Bassam Khabieh/Reuters)
EFE
Publicado em 16 de março de 2018 às 16h00.
Moscou - A Rússia negou nesta sexta-feira ter bombardeado a região síria de Ghouta Oriental, onde pelo menos 76 civis morreram nas últimas horas atingidos por bombas, de acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos.
"As informações do britânico Observatório Sírio dos Direitos Humanos sobre supostos ataques da aviação russa contra Ghouta Oriental, com fontes de ativistas anônimos na cidade de Kafr Batna, são uma enorme mentira", disse aos jornalistas o porta-voz do Ministério de Defesa russa, o general Igor Konashenkov.
O general disse que militares russos trabalham atualmente nessa área, principal no reduto da oposição síria nos arredores de Damasco, para garantir os corredores humanitários, prestar socorro à população civil e negociar o cessar-fogo com os líderes dos grupos opositores armados.
"Quero ressaltar que toda essa atividade acontece diante dos olhos de muitos jornalistas, incluindo os ocidentais", ressaltou Konashenkov.
O Observatório denunciou que 64 das 76 mortes de hoje, entre elas 13 menores de idade, aconteceu em ataques de aviões russos contra Kafr Batna, controlada pela facção islamita Legião da Misericórdia. Segundo a ONG opositora, com sede em Londres, os aviões russos usaram bombas de fragmentação, proibidas pela lei internacional.
O Exército sírio realiza uma grande ofensiva contra Ghouta Oriental desde 18 de fevereiro e já conseguiu recuperar o controle de 70% do reduto opositor.