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Rússia encerra ação contra ativistas do Greenpeace

Justiça russa encerrou ação contra os 30 tripulantes do navio "Arctic Sunrise" do Greenpeace, aprisionado há um ano

Navio "Artic Sunrise", do Greenpeace: o navio retornou em 9 de agosto à Holanda (foto/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 1 de outubro de 2014 às 11h04.

Moscou - A justiça da Rússia encerrou a ação penal contra os 30 tripulantes do navio quebra-gelo "Arctic Sunrise" do Greenpeace , aprisionado há um ano no mar de Barents, informou nesta quarta-feira a organização ambiental.

"Finalmente nos informaram que o caso foi fechado em 24 de setembro", disse à agência Efe a porta-voz do escritório do Greenpeace em Moscou, Maria Favorskaya, que acrescentou que a organização ainda não recebeu uma notificação oficial, embora o Comitê de Instrução russo também tenha confirmado a informação.

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No entanto, segundo Favorskaya, "o assunto não terminou", já que ainda aguardam a resolução do Tribunal Europeu de Direitos Humanos sobre a legitimidade da detenção do navio nas águas do Ártico, em 19 de setembro de 2013, pela guarda-costeira russa.

O assunto continua sendo analisado pelo Tribunal Internacional do Direito do Mar com sede em Hamburgo, na Alemanha, para onde a Holanda acudiu para conseguir a libertação de seus cidadãos que estavam entre os detidos.

Segundo a porta-voz, embora a Rússia tenha dito não reconhecer a jurisdição desse órgão judicial internacional, ele "terá recursos suficientes" para punir Moscou se a medida cautelar imposta pelas autoridades deste país contra os ativistas do Greenpeace for declarada improcedente.

Ela disse que até algumas propriedades da Rússia em território holandês poderiam ser embargadas em reparação aos danos originados pela detenção do navio e de seus tripulantes.

O navio quebra-gelo "Arctic Sunrise", que agora está em más condições após um longo tempo sem manutenção detido em Murmansk, na Rússia, retornou em 9 de agosto à Holanda.

Os 30 tripulantes do "Arctic Sunrise", de 17 nacionalidades diferentes, incluída a brasileira Ana Paula Maciel, foram detidos no mar de Pechora quando tentavam subir na plataforma "Prirazlomnaya", da gigante gasística russa Gazprom.

Após vários meses na prisão, os ativistas foram beneficiados pela anistia geral declarada em dezembro pelo parlamento russo no 20º aniversário da Constituição.

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