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Rússia detectou drone dos EUA perto do comboio atacado

O general russo detalhou que o drone, que tinha decolado da base turca de Incirlik, também pode lançar "de maneira autônoma ataques de grande precisão"

Síria: "O motivo para que esse drone estivesse nesse ponto no momento indicado e as missões que ele cumpria apenas seus proprietários sabem" (Ammar Abdullah / Reuters)
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Da Redação

Publicado em 21 de setembro de 2016 às 16h12.

Moscou - Um drone americano com capacidade de efetuar bombardeios aéreos foi detectado na segunda-feira na região em que foi atacado um comboio humanitário da ONU na cidade síria de Aleppo, segundo informou o Ministério da Defesa russo nesta quarta-feira.

"No dia 19 de setembro, justamente nessa região (na qual foi atacado um comboio) se deslocava a 3,6 mil metros de altura e a uma velocidade de quase 200 km/h um drone de assalto da coalizão internacional", disse Igor Konashenkov, porta-voz de Defesa, em comunicado.

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O general russo detalhou que a aeronave não tripulada, que tinha decolado da base turca de Incirlik, também pode lançar "de maneira autônoma ataques de grande precisão contra alvos terrestres".

"Esse aparelho voador foi identificado por nossos sistemas de controle aéreo como um aparelho não-tripulado da classe Predator", informou.

Konashenkov destacou que o drone "entrou na região da cidade de Urum al Kubra, na qual se encontrava o comboio minutos antes de sua explosão, e partiu depois de aproximadamente meia hora", acrescentou.

O porta-voz da pasta ressaltou que, assim como no caso do ataque da coalizão do dia 17 de setembro, no qual morreram cerca de cem soldados sírios, a Rússia não tira "conclusões infundadas".

"O motivo para que esse drone estivesse nesse ponto no momento indicado e as missões que ele cumpria apenas seus proprietários sabem", disse.

Konashenkov voltou a insistir que os aviões russos não realizaram nenhum ataque na região da cidade na qual se encontrava um comboio humanitário e que, de fato, nunca sobrevoaram essa área em particular.

A Rússia publicou na noite de terça-feira um vídeo no qual é possível ver como um veículo jihadista equipado com um morteiro de grande calibre escolta o comboio das Nações Unidas.

Os EUA responsabilizaram a Rússia pelo ataque contra o comboio e afirmaram que "repensarão" sobre continuar a cooperar com o governo russo, que segundo sua opinião deve demonstrar "rápida e significativamente" se ainda está comprometido com o acordo para um cessar-fogo na Síria.

Enquanto isso, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, qualificou o ataque como "repugnante, selvagem e aparentemente deliberado".

O incidente resultou a morte de 20 civis e de pelo menos um funcionário do Crescente Vermelho, segundo confirmou nesta quarta-feira o Movimento Internacional da Cruz Vermelha.

O ataque ocorreu no mesmo dia em que o governo sírio considerou terminada uma trégua de sete dias que tinha sido negociada por Estados Unidos e Rússia.

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