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Rússia cumprirá contratos de gás com a UE

Rússia cumprirá suas obrigações no fornecimento de gás aos países europeus, disse o presidente russo Vladimir Putin

O presidente russo, Vladimir Putin: "problema é a garantia do trânsito via Ucrânia" (Alexei Druzhinin/AFP)

O presidente russo, Vladimir Putin: "problema é a garantia do trânsito via Ucrânia" (Alexei Druzhinin/AFP)

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Da Redação

Publicado em 11 de abril de 2014 às 13h34.

Moscou - A Rússia cumprirá suas obrigações no fornecimento de gás aos países europeus, apesar de não poder garantir o trânsito pelo território ucraniano, o que depende de Kiev, afirmou nesta sexta-feira o presidente russo, Vladimir Putin.

"Garantimos o respeito à totalidade de nossas obrigações para com os consumidores europeus. Nós não somos o problema. O problema é a garantia do trânsito via Ucrânia", declarou Putin, citado pelas agências de notícias, durante uma reunião do Conselho de Segurança russo.

Mais cedo, a União Europeia (UE) pediu que os fornecedores de energia, em particular a Rússia, respeitem seus contratos e considerou que é do interesse de todos que não se use a energia como uma armam política.

"A UE é um bom cliente. Compra 70% das exportações russas de energia, que representam cerca de 50% em rendas do orçamento federal russo", indicou Pia Ahrenkilde-Hansen, porta-voz da Comissão.

"Esperamos que nossos fornecedores cumpram com os contratos e é de interesse de todos que não se use a energia como arma política", acrescentou.

"Por ora, o fornecimento de gás russo acontece dentro da normalidade", indicou Sabine Berger, porta-voz do comissário de Energia, Gunther Oettinger.

Na véspera, Putin escreveu aos dirigentes europeus para advertir a eles sobre os riscos que pesam sobre o fornecimento de gás russo devido à crise ucraniana.

"Putin expressa sua extrema preocupação sobre a situação crítica do endividamento da Ucrânia (ante o gigante do gás russo Gazprom) e, consequentemente, sobre a questão do fornecimento de gás russo", declarou seu porta-voz Dmitri Peskov à agência Ria Novosti.

A carta foi entregue por diplomatas aos dirigentes europeus.

Putin propôs em sua carta "tomar medidas urgentes, já que a situação não tolera mais espera".

"A situação pode ralmente ter consequências negativas para o trânsito de gás russo (para a Europa) via Ucrânia", destacou.

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