Rússia cria unidades especiais de guerra informativa
Segundo o ministro de Defesa russo, unidades serão "muito mais eficazes e potentes que o denominado departamento de propaganda"
EFE
Publicado em 22 de fevereiro de 2017 às 14h52.
Moscou - O ministro da Defesa russo , Sergei Shoigu, anunciou nesta quarta-feira a criação de unidades especiais de guerra informativa, justo quando a Rússia é acusada de ataques cibernéticos contra países como os Estados Unidos e França.
"Criamos unidades para operações de informação, o que é muito mais eficaz e potente que o denominado departamento de propaganda", afirmou Shoigu durante um discurso perante a Duma ou Câmara dos Deputados.
Shoigu ressaltou que "a propaganda deve ser inteligente, competente e efetiva".
A respeito, o chefe do Comitê de Segurança e Defesa do Senado, Victor Ozerov, negou que essas unidades possam incluir hackers.
"Isto significa que desde um só centro, que previsivelmente será o Estado-Maior, será elaborado todo o sistema de combate contra a possível ingerência nos sistemas de informação, sistemas de comando de nossas tropas e as tentativas de extrair segredos militares e de Estado", explicou.
Por sua vez, o chefe do comitê de Defesa da Duma ou Câmara dos Deputados, Vladimir Shamanov, afirmou que essas unidades foram criadas para "a defesa dos interesses nacionais e (a adoção de) contra medidas na esfera informativa".
"Atualmente, uma série de desafios passaram da chamada esfera cibernética e, em essência, o conflito informativo é parte integrante do conflito geral. Partindo disso, a Rússia tomou medidas para formar uma estrutura que se dedique a isso", acrescentou.
Então, o canal "Zvezda" informou que essa unidade de guerra eletrônica se nutrirá de estudantes de informática, matemática, robótico, comunicações e criptografia.
Até agora, as autoridades tinham negado a existência de unidades especializadas em defender o país de ataques cibernéticos.
A Rússia rejeitou categoricamente as acusações que esteja por trás dos ciberataques cometidos contra os EUA durante a campanha eleitoral e voltou a fazer o mesmo no caso do candidato à presidência francesa, Emmanuel Macron.