Rússia ameaça EUA em caso de sanções sobre atuação na Síria
"Moscou já advertiu que daria uma resposta e que esta não pode ser simétrica, mas assimétrica", disse o vice-ministro das Relações Exteriores, Sergei Ryabkov
Da Redação
Publicado em 17 de outubro de 2016 às 14h35.
Moscou - A Rússia ameaçou os Estados Unidos nesta segunda-feira com medidas assimétricas, como a iminente renúncia ao tratado de reutilização do plutônio militar, caso sejam adotadas sanções pelos bombardeios russos contra a segunda maior cidade síria , Aleppo.
"Em diferentes fases da atual política sancionadora, Moscou já advertiu que daria uma resposta e que esta não pode ser simétrica, mas assimétrica", disse o vice-ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Ryabkov, à imprensa.
Ele ressaltou que "os passos hostis com relação à Rússia não ficarão sem resposta" e que "os norte-americanos podem se deparar com uma nova realidade, diferente da que estão acostumados".
"Hoje, na sessão do Comitê de Assuntos Internacionais da Duma (Câmara dos Deputados russa) foi estudado um projeto de lei sobre a suspensão do acordo sobre plutônio militar", afirmou.
Ele disse que a decisão de renunciar ao tratado de desarmamento remetido à Duma pelo presidente russo, Vladimir Putin, "é, entre outras coisas, uma resposta às sanções por parte dos Estados Unidos".
Ryabkov recomendou ao governo em Washington que leiam minuciosamente o conteúdo do projeto de lei, em alusão às condições que Putin colocou para dar continuidade ao tratado.
Entre outros aspectos, o líder russo pediu a retirada das tropas e dos armamentos enviados pelos Estados Unidos aos países do Leste Europeu que ingressaram na Aliança Atlântica a partir deste século e o levantamento das sanções impostas a Moscou.
"No que se refere às ameaças que procedem de Washington e que nunca param, nossa resposta é uma: demonstram a fraqueza da Administração dos Estados Unidos e a falta de ferramentas para chegar a acordos a longo prazo", insistiu.
Ele responsabilizou exclusivamente os Estados Unidos pelo recente agravamento das relações bilaterais, ocorrido em grande parte por conta da intervenção russa na Síria.
Os Estados Unidos e a União Europeia defenderam ontem a aprovação de novas sanções pelos bombardeios contra Aleppo, onde centenas de civis teriam morrido nas últimas semanas nos ataques das aviações russa e síria contra a parte leste da cidade controlada pela oposição a Damasco, segundo ativistas sírios.
Mas, enquanto a União Europeia falou de sanções contra o regime sírio, os chefes das diplomacias americana, John Kerry, e britânica, Boris Johnson, se pronunciaram a favor de pressionar Damasco e Moscou para cessar a violência em Aleppo.
No sábado, Putin tachou de "ineficazes" e "prejudiciais" as sanções ocidentais para ambas as partes, e disse que o objetivo real é conter o ressurgimento da Rússia como potência internacional.
Moscou - A Rússia ameaçou os Estados Unidos nesta segunda-feira com medidas assimétricas, como a iminente renúncia ao tratado de reutilização do plutônio militar, caso sejam adotadas sanções pelos bombardeios russos contra a segunda maior cidade síria , Aleppo.
"Em diferentes fases da atual política sancionadora, Moscou já advertiu que daria uma resposta e que esta não pode ser simétrica, mas assimétrica", disse o vice-ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Ryabkov, à imprensa.
Ele ressaltou que "os passos hostis com relação à Rússia não ficarão sem resposta" e que "os norte-americanos podem se deparar com uma nova realidade, diferente da que estão acostumados".
"Hoje, na sessão do Comitê de Assuntos Internacionais da Duma (Câmara dos Deputados russa) foi estudado um projeto de lei sobre a suspensão do acordo sobre plutônio militar", afirmou.
Ele disse que a decisão de renunciar ao tratado de desarmamento remetido à Duma pelo presidente russo, Vladimir Putin, "é, entre outras coisas, uma resposta às sanções por parte dos Estados Unidos".
Ryabkov recomendou ao governo em Washington que leiam minuciosamente o conteúdo do projeto de lei, em alusão às condições que Putin colocou para dar continuidade ao tratado.
Entre outros aspectos, o líder russo pediu a retirada das tropas e dos armamentos enviados pelos Estados Unidos aos países do Leste Europeu que ingressaram na Aliança Atlântica a partir deste século e o levantamento das sanções impostas a Moscou.
"No que se refere às ameaças que procedem de Washington e que nunca param, nossa resposta é uma: demonstram a fraqueza da Administração dos Estados Unidos e a falta de ferramentas para chegar a acordos a longo prazo", insistiu.
Ele responsabilizou exclusivamente os Estados Unidos pelo recente agravamento das relações bilaterais, ocorrido em grande parte por conta da intervenção russa na Síria.
Os Estados Unidos e a União Europeia defenderam ontem a aprovação de novas sanções pelos bombardeios contra Aleppo, onde centenas de civis teriam morrido nas últimas semanas nos ataques das aviações russa e síria contra a parte leste da cidade controlada pela oposição a Damasco, segundo ativistas sírios.
Mas, enquanto a União Europeia falou de sanções contra o regime sírio, os chefes das diplomacias americana, John Kerry, e britânica, Boris Johnson, se pronunciaram a favor de pressionar Damasco e Moscou para cessar a violência em Aleppo.
No sábado, Putin tachou de "ineficazes" e "prejudiciais" as sanções ocidentais para ambas as partes, e disse que o objetivo real é conter o ressurgimento da Rússia como potência internacional.