Rússia acusa presidente da Ucrânia de criar crise para se manter no poder
O embaixador russo da ONU afirmou que Petro Poroshenko quer orquestrar uma crise para cancelar as eleições na Ucrânia
EFE
Publicado em 26 de novembro de 2018 às 16h32.
Última atualização em 26 de novembro de 2018 às 16h34.
Nações Unidas - A Rússia acusou nesta segunda-feira na ONU o presidente da Ucrânia , Petro Poroshenko, de orquestrar a crise no mar de Azov com o objetivo cancelar as eleições previstas para março do ano que vem e se manter no poder.
"Todos sabemos o que é isso, trata-se de cancelar as eleições, apesar das promessas ao contrário", afirmou o embaixador adjunto russo nas Nações Unidas, Dmitry Polyanskiy, em reunião do Conselho de Segurança.
Segundo Polyanskiy, a declaração do estado de exceção assinada hoje por Proshenko vai nessa direção e tal medida será "certamente estendida".
O diplomata disse que o incidente deste domingo na região entre o mar Negro e o mar de Azov foi uma "provocação previamente planejada" por Kiev com o apoio de potências ocidentais.
Para o embaixador, o objetivo de Poroshenko é "acusar outra vez a Rússia de tudo" e aumentar sua popularidade se apresentando como "salvador" da Ucrânia.
A tensão no Mar de Azov aumentou desde que Moscou construiu em maio a ponte da Crimeia que liga a península com a Rússia, o que fez aumentar as inspeções dos navios ucranianos, algo que Kiev considera um bloqueio de seus portos na região.
Polyanskiy apresentou hoje no Conselho de Segurança a versão russa do ocorrido no domingo, insistindo que três navios ucranianos violaram suas águas territoriais.
Segundo o diplomata russo, os marinheiros ucranianos feridos pelas forças de seu país receberam atendimento médico e suas vidas não correm perigo, enquanto as embarcações estão em portos russos para ser feita uma investigação criminal.
Tanto a Rússia quanto a Ucrânia solicitaram que o Conselho de Segurança abordasse hoje com urgência a crise, sob diferentes pontos da agenda do dia.
A delegação russa perdeu no início da reunião uma votação de procedimento, por isso a reunião prosseguiu sob o capítulo proposto pela Ucrânia e Polianskiy adiantou que não se pronunciaria sobre.