Rossi nega participação em irregularidades e abre sindicância
A revista Veja deste fim de semana aponta que o secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Milton Ortolan, teria "liberado" a ação de um lobista no ministério
Da Redação
Publicado em 8 de agosto de 2011 às 19h07.
Brasília - O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, negou nesta segunda-feira participação nas novas irregularidades na pasta denunciadas pela imprensa no fim de semana e determinou a apuração "completa" das suspeitas.
"Eu vou, seja qual for o resultado, atinja a quem atingir, tomar todas as medidas", disse o ministro em coletiva a jornalistas, lembrando que nenhuma das acusações referem-se diretamente a ele.
"Seja qual for a notícia, qualquer acusação que façam, eu responderei", afirmou.
O ministro disse que determinou, ainda no sábado, um pedido à Controladoria Geral da União (CGU) para que as denúncias sejam apuradas. Rossi pediu ainda ao advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, que indicasse um representante para presidir uma comissão de sindicância dentro do ministério. Adams indicou o corregedor-adjunto da AGU, Hélio Saraiva Franca.
A revista Veja deste fim de semana aponta que o secretário-executivo da pasta, Milton Ortolan, teria "liberado" a ação de um lobista no ministério. Segundo a reportagem, Júlio Fróes, o suposto lobista, teria, inclusive, acesso a uma entrada privativa e a uma sala com computador, telefone e secretária no edifício do ministério.
A reportagem motivou Ortolan a pedir demissão. Em nota, ele afirmou sentir-se "injustiçado e ofendido pelas suspeitas levantadas".
Rossi disse não conhecer Fróes, a quem, afirmou, não reconheceria se estivessem na mesma sala.
Questionado se as denúncias são resultado de "fogo amigo", o ministro disse não ser um "homem de teorias conspiratórias", mas indicou que podem ser resultado de disputas entre grupos dentro do ministério e da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
A contratação de parentes e afilhados políticos, outra denúncia que recai sobre a pasta, também foi justificada por Rossi. Ele afirmou que os funcionários indicados têm conhecimento técnico e "expertise".
"Não nomeei nenhum parente meu aqui. Eu posso ter a minha opinião, mas posso dizer que não é ilegal", justificou. "Nenhum funcionário aqui é contratado para ser fantasma."
Rossi afirmou ter recebido apoio do governo. O ministro ainda não se reuniu com a presidente Dilma Rousseff, mas conversou com a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann.
Na última semana, o ministro participou de audiência na Câmara dos Deputados, para explicar supostas irregularidades na pasta denunciadas pelo ex-diretor da Conab, Oscar Jucá Neto, à Veja. Neto é irmão do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR).
Na quarta-feira, o ministro deve ir ao Senado, para dar as suas versões sobre as denúncias.
Brasília - O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, negou nesta segunda-feira participação nas novas irregularidades na pasta denunciadas pela imprensa no fim de semana e determinou a apuração "completa" das suspeitas.
"Eu vou, seja qual for o resultado, atinja a quem atingir, tomar todas as medidas", disse o ministro em coletiva a jornalistas, lembrando que nenhuma das acusações referem-se diretamente a ele.
"Seja qual for a notícia, qualquer acusação que façam, eu responderei", afirmou.
O ministro disse que determinou, ainda no sábado, um pedido à Controladoria Geral da União (CGU) para que as denúncias sejam apuradas. Rossi pediu ainda ao advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, que indicasse um representante para presidir uma comissão de sindicância dentro do ministério. Adams indicou o corregedor-adjunto da AGU, Hélio Saraiva Franca.
A revista Veja deste fim de semana aponta que o secretário-executivo da pasta, Milton Ortolan, teria "liberado" a ação de um lobista no ministério. Segundo a reportagem, Júlio Fróes, o suposto lobista, teria, inclusive, acesso a uma entrada privativa e a uma sala com computador, telefone e secretária no edifício do ministério.
A reportagem motivou Ortolan a pedir demissão. Em nota, ele afirmou sentir-se "injustiçado e ofendido pelas suspeitas levantadas".
Rossi disse não conhecer Fróes, a quem, afirmou, não reconheceria se estivessem na mesma sala.
Questionado se as denúncias são resultado de "fogo amigo", o ministro disse não ser um "homem de teorias conspiratórias", mas indicou que podem ser resultado de disputas entre grupos dentro do ministério e da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
A contratação de parentes e afilhados políticos, outra denúncia que recai sobre a pasta, também foi justificada por Rossi. Ele afirmou que os funcionários indicados têm conhecimento técnico e "expertise".
"Não nomeei nenhum parente meu aqui. Eu posso ter a minha opinião, mas posso dizer que não é ilegal", justificou. "Nenhum funcionário aqui é contratado para ser fantasma."
Rossi afirmou ter recebido apoio do governo. O ministro ainda não se reuniu com a presidente Dilma Rousseff, mas conversou com a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann.
Na última semana, o ministro participou de audiência na Câmara dos Deputados, para explicar supostas irregularidades na pasta denunciadas pelo ex-diretor da Conab, Oscar Jucá Neto, à Veja. Neto é irmão do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR).
Na quarta-feira, o ministro deve ir ao Senado, para dar as suas versões sobre as denúncias.