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Rohani assegura que armas nucleares "não têm lugar" no Irã

Rohani disse que representa "uma ilusão extremamente irreal" pensar que natureza pacífica do programa nuclear iraniano pode ser freada com "pressões ilegítimas"

Hassan Rohani discura na Assembleia Geral da ONU: o Irã "procura não aumentar a tensão com os Estados Unidos", afirmou o presidente em seu discurso (Brendan McDermid/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 24 de setembro de 2013 às 19h50.

Nações Unidas - O presidente iraniano, Hassan Rohani , afirmou nesta terça-feira que as armas nucleares e de destruição em massa "não têm lugar na doutrina de segurança e defesa" de seu país e ofereceu um "diálogo construtivo" com os Estados Unidos.

O Irã "procura não aumentar a tensão com os Estados Unidos", afirmou Rohani em seu discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas, na qual acrescentou ter escutado "cuidadosamente" o discurso do presidente Barack Obama, realizado na manhã de hoje.

"O programa nuclear do Irã e também os de todos os países deve seguir objetivos exclusivamente pacíficos", afirmou Rohani, cujo primeiro discurso no fórum era muito esperado por causas das recentes declarações conciliatórias suas e de políticos iranianos.

Se os Estados Unidos mostram "vontade política" e não escutam os "grupos de pressão que promovem a guerra, podemos chegar a um marco para resolver nossas diferenças", acrescentou.

Para isso, segundo o presidente, será preciso que as interações entre os países se mantenham "em pé de igualdade, com respeito mútuo e sob os princípios reconhecidos do direito internacional", acrescentou.

"Certamente esperamos escutar uma voz consistente de Washington", acrescentou, e insistiu que o "direito" de seu país ao enriquecimento nuclear deve ser aceito e respeitado.

"O conhecimento nuclear foi domesticado no Irã, e a tecnologia nuclear, incluindo o enriquecimento, já alcançou uma escala industrial", proclamou.

Por isso, Rohani disse que representa "uma ilusão extremamente irreal" pensar que a natureza pacífica do programa nuclear iraniano pode ser freada com "pressões ilegítimas".

"O Irã procura ter um diálogo construtivo com outros países e por isso procura não aumentar as tensões com os Estados Unidos", afirmou o líder iraniano. O presidente americano apostou na via diplomática para conseguir um acordo sobre o programa nuclear do Irã, mas pediu que esse país dê passos "transparentes e verificáveis".

Em outras questões, Rohani condenou o uso de armas químicas na Síria, mas acolheu favoravelmente a recente adesão desse país aliado de Teerã à Convenção sobre Armas Químicas.

"O acesso a essas armas por grupos terroristas é o maior perigo para a região, e deve ser considerado em qualquer plano de desarmamento", advertiu.

Hassan Rohani condenou o terrorismo extremista e o assassinato de inocentes, mas apontou que "também deve se condenar" o uso de aviões não tripulados (uma prática comum dos Estados Unidos) "contra gente inocente em nome da luta contra o terrorismo".

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Nações Unidas - O presidente iraniano, Hassan Rohani , afirmou nesta terça-feira que as armas nucleares e de destruição em massa "não têm lugar na doutrina de segurança e defesa" de seu país e ofereceu um "diálogo construtivo" com os Estados Unidos.

O Irã "procura não aumentar a tensão com os Estados Unidos", afirmou Rohani em seu discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas, na qual acrescentou ter escutado "cuidadosamente" o discurso do presidente Barack Obama, realizado na manhã de hoje.

"O programa nuclear do Irã e também os de todos os países deve seguir objetivos exclusivamente pacíficos", afirmou Rohani, cujo primeiro discurso no fórum era muito esperado por causas das recentes declarações conciliatórias suas e de políticos iranianos.

Se os Estados Unidos mostram "vontade política" e não escutam os "grupos de pressão que promovem a guerra, podemos chegar a um marco para resolver nossas diferenças", acrescentou.

Para isso, segundo o presidente, será preciso que as interações entre os países se mantenham "em pé de igualdade, com respeito mútuo e sob os princípios reconhecidos do direito internacional", acrescentou.

"Certamente esperamos escutar uma voz consistente de Washington", acrescentou, e insistiu que o "direito" de seu país ao enriquecimento nuclear deve ser aceito e respeitado.

"O conhecimento nuclear foi domesticado no Irã, e a tecnologia nuclear, incluindo o enriquecimento, já alcançou uma escala industrial", proclamou.

Por isso, Rohani disse que representa "uma ilusão extremamente irreal" pensar que a natureza pacífica do programa nuclear iraniano pode ser freada com "pressões ilegítimas".

"O Irã procura ter um diálogo construtivo com outros países e por isso procura não aumentar as tensões com os Estados Unidos", afirmou o líder iraniano. O presidente americano apostou na via diplomática para conseguir um acordo sobre o programa nuclear do Irã, mas pediu que esse país dê passos "transparentes e verificáveis".

Em outras questões, Rohani condenou o uso de armas químicas na Síria, mas acolheu favoravelmente a recente adesão desse país aliado de Teerã à Convenção sobre Armas Químicas.

"O acesso a essas armas por grupos terroristas é o maior perigo para a região, e deve ser considerado em qualquer plano de desarmamento", advertiu.

Hassan Rohani condenou o terrorismo extremista e o assassinato de inocentes, mas apontou que "também deve se condenar" o uso de aviões não tripulados (uma prática comum dos Estados Unidos) "contra gente inocente em nome da luta contra o terrorismo".

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