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Revolta social na Tunísia causa greves e confrontos nas ruas

Três regiões do país estavam paralisadas nesta quarta-feira por uma greve geral para denunciar a pobreza e as desigualdades regionais

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 27 de novembro de 2013 às 19h20.

Siliana (Tunísia) - Duas greves levaram, nesta quarta-feira, a confrontos com a polícia e a atos de violência na Tunísia , onde a insatisfação social se amplifica, em meio a uma grave crise política .

Três regiões do país estavam paralisadas nesta quarta-feira por uma greve geral para denunciar a pobreza e as desigualdades regionais, dois dos fatores que desencadearam a revolução de 2011.

Na província de Siliana (150 km ao sudoeste da cidade de Túnis), a polícia tentava dispersar um protesto com gás lacrimogêneo. Dezenas de manifestantes, jovens em sua maioria, atiraram pedras nos agentes. Algumas pessoas tiveram ferimentos leves, principalmente policiais, e foram atendidas em um hospital local.

A greve em Siliana foi organizada pelo sindicato UGTT, por ocasião do primeiro aniversário da repressão de um movimento social que deixou cerca de 300 feridos, boa parte por tiros de escopeta a distância. A UGTT acusa o governo de não fornecer ajuda médica aos feridos e de não investir no desenvolvimento econômico regional, descumprindo suas promessas.

"O governo não cumpriu suas promessas (...) que previam que se ocuparia do cuidado dos feridos e de suas necessidades materiais e físicas", declarou o secretário-geral da união regional da UGTT, Ahmed Chefai.

Em Gafsa e Gabes, as outras duas regiões em greve, a insatisfação foi causada pela decisão de não construir um hospital universitário em nenhuma delas nos próximos anos.

Em Gafsa, depois de ter sido dispersada pela polícia em outro local, a multidão ateou fogo na sede do partido islâmico tunisiano no poder, constatou a AFP. O grupo retirou móveis e arquivos do prédio, queimando-os na rua. A polícia não estava presente, e os manifestantes conseguiram impedir o acesso dos bombeiros.

A multidão se lançou contra o estabelecimento depois de tentar entrar à força na sede do gabinete do governador. Lá, os jovens foram dispersados pela polícia.

No local da confusão, o representante do partido governista Ennahda criticou a ação da polícia. "Chamamos a polícia e não vieram", lamentou Mohsen Sudani.

As sedes regionais do Ennahda já foram alvo de ataques no país, sobretudo, em Gafsa, ao longo dos últimos dois anos.

Uma profunda crise política afeta a Tunísia desde o assassinato de um deputado da oposição, em 25 de julho. As negociações para formar um governo apolítico, conseguir um consenso sobre a futura Constituição e estabelecer um calendário eleitoral fracassaram no início de novembro.

Os islâmicos se enfraqueceram consideravelmente desde sua chegada ao poder, em outubro de 2011, pela multiplicação das crises políticas, pelos assassinatos de dois opositores, pelos confrontos com os "jihadistas" e pelas polêmicas sobre suas supostas tentativas de "islamizar" a sociedade tunisiana.

O governo anterior dirigido pelos islamitas renunciou em fevereiro, depois do assassinato do opositor de esquerda Chokri Belaid. A crise atual foi deflagrada pelo assassinato do deputado Mohamed Brahmi.

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Siliana (Tunísia) - Duas greves levaram, nesta quarta-feira, a confrontos com a polícia e a atos de violência na Tunísia , onde a insatisfação social se amplifica, em meio a uma grave crise política .

Três regiões do país estavam paralisadas nesta quarta-feira por uma greve geral para denunciar a pobreza e as desigualdades regionais, dois dos fatores que desencadearam a revolução de 2011.

Na província de Siliana (150 km ao sudoeste da cidade de Túnis), a polícia tentava dispersar um protesto com gás lacrimogêneo. Dezenas de manifestantes, jovens em sua maioria, atiraram pedras nos agentes. Algumas pessoas tiveram ferimentos leves, principalmente policiais, e foram atendidas em um hospital local.

A greve em Siliana foi organizada pelo sindicato UGTT, por ocasião do primeiro aniversário da repressão de um movimento social que deixou cerca de 300 feridos, boa parte por tiros de escopeta a distância. A UGTT acusa o governo de não fornecer ajuda médica aos feridos e de não investir no desenvolvimento econômico regional, descumprindo suas promessas.

"O governo não cumpriu suas promessas (...) que previam que se ocuparia do cuidado dos feridos e de suas necessidades materiais e físicas", declarou o secretário-geral da união regional da UGTT, Ahmed Chefai.

Em Gafsa e Gabes, as outras duas regiões em greve, a insatisfação foi causada pela decisão de não construir um hospital universitário em nenhuma delas nos próximos anos.

Em Gafsa, depois de ter sido dispersada pela polícia em outro local, a multidão ateou fogo na sede do partido islâmico tunisiano no poder, constatou a AFP. O grupo retirou móveis e arquivos do prédio, queimando-os na rua. A polícia não estava presente, e os manifestantes conseguiram impedir o acesso dos bombeiros.

A multidão se lançou contra o estabelecimento depois de tentar entrar à força na sede do gabinete do governador. Lá, os jovens foram dispersados pela polícia.

No local da confusão, o representante do partido governista Ennahda criticou a ação da polícia. "Chamamos a polícia e não vieram", lamentou Mohsen Sudani.

As sedes regionais do Ennahda já foram alvo de ataques no país, sobretudo, em Gafsa, ao longo dos últimos dois anos.

Uma profunda crise política afeta a Tunísia desde o assassinato de um deputado da oposição, em 25 de julho. As negociações para formar um governo apolítico, conseguir um consenso sobre a futura Constituição e estabelecer um calendário eleitoral fracassaram no início de novembro.

Os islâmicos se enfraqueceram consideravelmente desde sua chegada ao poder, em outubro de 2011, pela multiplicação das crises políticas, pelos assassinatos de dois opositores, pelos confrontos com os "jihadistas" e pelas polêmicas sobre suas supostas tentativas de "islamizar" a sociedade tunisiana.

O governo anterior dirigido pelos islamitas renunciou em fevereiro, depois do assassinato do opositor de esquerda Chokri Belaid. A crise atual foi deflagrada pelo assassinato do deputado Mohamed Brahmi.

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