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Reunião entre Trump e Kim acontecerá com "condições", diz Rubio

O senador indicou que para esclarecer as intenções de Kim será crucial ver se ele cumpre com as condições já estabelecidas pelos Estados Unidos

Marcos Rubio: "Não vamos nos desfazer das sanções e vamos continuar avançando nos exercícios militares" (Aaron P. Bernstein/Reuters)

Marcos Rubio: "Não vamos nos desfazer das sanções e vamos continuar avançando nos exercícios militares" (Aaron P. Bernstein/Reuters)

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EFE

Publicado em 9 de março de 2018 às 15h59.

Washington - O senador republicano dos Estados Unidos Marco Rubio considerou nesta sexta-feira que o anúncio feito ontem sobre uma reunião prevista para acontecer em maio entre o presidente Donald Trump e o líder norte-coreano Kim Jong-un terá "condições prévias", apesar das afirmações de funcionários sul-coreanos de que isso não procede.

"Acredito que existam condições prévias. Não vamos nos desfazer das sanções e vamos continuar avançando nos exercícios militares (...) se ainda estiver disposto a se reunir, então haverá uma reunião", afirmou o senador, membro do influente Comitê de Relações Exteriores, à rede "CBS".

De acordo com Rubio, existem duas razões possíveis para que o líder norte-coreano aceitasse se reunir com Trump: ou o regime confia na evolução do seu programa nuclear, permitindo negociar a partir de uma nova posição de força, ou o país se sente pressionado pelas duras sanções internacionais.

O senador indicou que para esclarecer as intenções de Kim será crucial ver se ele cumpre com as condições já estabelecidas pelos Estados Unidos e outros aliados, assim como com as conversas estabelecidas com os diplomatas sul-coreanos. Nessas conversas, a Coreia do Norte acertou suspender todas os testes nucleares e de mísseis, para a desnuclearização, mas Rubio sugeriu que ele poderia estar enganando os Estados Unidos com a sua manobra.

"Se não estiver disposto a abandonar as armas nucleares e a capacidade de atacar os Estados Unidos, então tenho a sensação que isto é basicamente um esforço para minar as sanções internacionais dizendo: 'Olhem, estou disposto a um encontro.' Mas nessas reuniões pedirá coisas que sabe que nunca poderemos aceitar, como os Estados Unidos abandonem à Coreia do Sul e tirem todas as tropas da nossa aliança lá. Ele sabe que essas condições nunca serão cumpridas, e depois pode dizer: 'Olha, eu tentei. Fui uma pessoa razoável, mas Donald Trump e os americanos não raciocinam", afirmou.

Ontem, Trump aceitou a reunião que o líder norte-coreano, Kim Jong-un, propôs. A previsão é de que esse encontro histórico aconteça em maio.

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