Mundo

Resultado eleitoral no Líbano registra atraso sem explicação

A divulgação do resultado da primeira eleição no Líbano em nove anos estava prevista para a manhã desta segunda

Eleições: menos da metade do eleitores da Líbia votaram no domingo (Mohamed Azakir/Reuters)

Eleições: menos da metade do eleitores da Líbia votaram no domingo (Mohamed Azakir/Reuters)

E

EFE

Publicado em 7 de maio de 2018 às 10h00.

Beirute - O Líbano espera nesta segunda-feira o anúncio dos resultados de suas eleições parlamentares, as primeiras em nove anos, e que, segundo o Ministério do Interior, deveriam ter sido anunciados há algumas horas, mas, até o momento, não foram dadas explicações sobre os motivos do atraso.

O ministro do Interior, Nuhad Machnuk, afirmou ontem à noite que o índice de participação do eleitorado ficou em 49,2%, quase cinco pontos a menos que nas últimas eleições, e adiantou que os resultados finais seriam divulgados no começo da manhã desta segunda-feira.

A única informação que veio à tona é que os políticos adiaram os discursos que tinham previsto declamar aos libaneses.

No caso do atual primeiro-ministro, o sunita Saad Hariri, seu pronunciamento foi adiado das 13h locais (7h em Brasília) para as 15h30 (9h30 em Brasília), assim como o líder do grupo xiita libanês Hezbollah, Hassan Nasrallah, que fará seu discurso às 17h30 locais (11h30 em Brasília), meia hora depois do anunciado, segundo a "Agência Nacional de Notícias (ANN)" do país árabe.

De acordo a resultados divulgados pela imprensa local, o Hezbollah - aliado de Irã e Síria - seria o grupo com mais cadeiras no parlamento, de 128 deputados: 64 cristãos e 64 muçulmanos.

Por outro lado, a Corrente do Futuro, de Hariri, que tinha o maior bloco parlamentar e é aliado da Arábia Saudita, poderia perder algumas cadeiras em Beirute e Trípoli, as duas cidades mais importantes do país.

Em Beirute, sempre segundo a imprensa local, teriam conseguido duas cadeiras duas mulheres pertencentes à coalizão de partidos independentes e laicos Kuluna Watani (Todos pela Pátria), o que seria considerado um triunfo para a sociedade civil.

As influências de Irã e Arábia Saudita na política libanesa continuarão previsivelmente desempenhando um papel importante, seja qual for o resultado.

Pela primeira vez, o pleito foi realizado sob o sistema proporcional e com voto preferencial. Além disso, 82.970 libaneses da diáspora puderam votar, também pela primeira vez, nos quase 600 candidatos, entre eles 86 mulheres, um número recorde para o país do Oriente Médio.

As eleições aconteceram depois de três prolongamentos de mandato do parlamento - em 2013, 2014 e 2017 - que foram estabelecidos com base na instabilidade política gerada pela guerra na vizinha Síria.

 

Acompanhe tudo sobre:EleiçõesLíbano

Mais de Mundo

Israel reconhece que matou líder do Hamas em julho, no Irã

ONU denuncia roubo de 23 caminhões com ajuda humanitária em Gaza após bombardeio de Israel

Governo de Biden abre investigação sobre estratégia da China para dominar indústria de chips

Biden muda sentenças de 37 condenados à morte para penas de prisão perpétua