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Restrições por covid-19 na China interrompem produção na maior fábrica de iPhones

A China é a única grande economia do mundo que ainda mantém uma estratégia de zero covid

As autoridades chinesas não estão abertas a flexibilizar as medidas anticovid, apesar da diminuição das infecções diárias (AFP/AFP)

As autoridades chinesas não estão abertas a flexibilizar as medidas anticovid, apesar da diminuição das infecções diárias (AFP/AFP)

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AFP

Publicado em 26 de outubro de 2022 às 09h36.

Última atualização em 26 de outubro de 2022 às 09h36.

Milhões de pessoas na China foram colocadas sob fortes restrições nesta quarta-feira (26), quando surtos esporádicos de covid-19 levaram ao fechamento de negócios e interrupções na maior fábrica de iPhones do mundo.

A China é a única grande economia do mundo que ainda mantém uma estratégia de zero covid, aplicando confinamentos repentinos, testes em massa e longas quarentenas para erradicar a circulação do vírus em seu território.

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O país, onde começam a surgir sinais de desacordo com essa política, registrou nesta quarta-feira 1.241 novos casos positivos, a maioria assintomáticos, segundo a Comissão Nacional de Saúde.

Entre esses casos está um surto em uma fábrica na cidade de Zhengzhou (centro), que emprega cerca de 300.000 pessoas e é conhecida por ser a maior produtora de iPhones do mundo.

A FoxConn Technology Group, que administra a fábrica, reconheceu o surto nesta quarta-feira, mas disse que "a parte operacional e a produção (...) são relativamente estáveis".

"As medidas de saúde e segurança para os funcionários se mantêm", afirmou a empresa produtora de artigos eletrônicos, de Taiwan.

A empresa não especificou o número de funcionários afetados, mas disse que era "pequeno" e negou rumores infundados na Internet que falam de dezenas de milhares de infecções.

Os casos também geraram consequências em Pequim, onde o parque temático Universal Resort anunciou que havia "fechado temporariamente (...) para aplicar os requisitos de controle da epidemia".

As autoridades chinesas não estão abertas a flexibilizar as medidas anticovid, apesar da diminuição das infecções diárias.

O banco de investimento japonês Nomura estimou esta semana que mais de 200 milhões de pessoas estavam sob algum tipo de restrição reforçada.

Na cidade de Xining (noroeste), com 2,5 milhões de habitantes, moradores reclamaram nas redes sociais sobre as ordens de confinamento.

"Xining está como Xangai em abril", disse um usuário do Weibo, referindo-se ao longo e rigoroso confinamento da megalópole que provocou protestos isolados.

Agora a situação melhorou nessa cidade, o motor econômico do país, onde as autoridades começaram a distribuir uma vacina anticovid inalável nesta quarta-feira.

A vacina, produzida pela fabricante CanSino Biologics de Tianjin (nordeste), foi aprovada pelos reguladores locais em setembro e está sendo administrada como reforço aos já vacinados.

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