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Resolução da ONU sobre Ucrânia não mudará postura russa

Moscou declarou que resolução da ONU sobre a integridade territorial da Ucrânia não mudará postura sobre incorporação da Crimeia


	Na Crimeia, pessoas comemoram o resultado parcial do referendo: reunião de amanhã da ONU será a primeira sobre a crise na Ucrânia
 (REUTERS/Thomas Peter)

Na Crimeia, pessoas comemoram o resultado parcial do referendo: reunião de amanhã da ONU será a primeira sobre a crise na Ucrânia (REUTERS/Thomas Peter)

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Da Redação

Publicado em 26 de março de 2014 às 09h12.

Moscou - Moscou declarou nesta quarta-feira que uma resolução da Assembleia Geral da ONU sobre a integridade territorial da Ucrânia, que pode ser aprovada amanhã em Nova York, não mudará sua postura sobre a incorporação da península da Crimeia à Federação da Rússia.

"Essa decisão, mesmo que seja aprovada, não afetará de nenhuma maneira nossa visão da questão (em torno de Crimeia)", afirmou à agência "Interfax" o vice-ministro das Relações Exteriores russo, Gennady Gatilov.

Gatilov também disse que "nossa atitude (em relação ao documento) é a mais negativa. Na realidade, seu conteúdo repete o estipulado na minuta apresentada no Conselho de Segurança da ONU e que vetamos recentemente por não refletir a verdadeira situação política".

Gatilov rotulou o projeto de resolução apresentado pela Ucrânia de "claramente antirrusso" e advertiu que "sua apresentação na Assembleia Geral pode complicar a situação".

Lembrou, além disso, que as resoluções do órgão internacional formado por 193 países não têm caráter vinculante.

A reunião de amanhã será a primeira sobre a crise na Ucrânia após vários encontros do Conselho de Segurança, onde o veto russo impediu a aprovação de um documento.

Até agora, as várias discussões no Conselho de Segurança serviram unicamente para mostrar a profunda divisão entre o Ocidente e a Rússia.

Na única votação que ocorreu, Moscou fez valer seu direito de veto para bloquear uma resolução proposta pelos Estados Unidos que criticava o referendo na Crimeia e pedia que a comunidade internacional não reconhecesse seus resultados.

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