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Falta de chuva pode afetar conta de luz

Estiagem provocada pelo El Niño afeta reservatórios e leva ONS a acionar termelétricas a óleo combustível e diesel, que têm geração mais cara que hidrelétricas

Energia das termelétricas, entretanto, tem custo mais salgado do que a geração das hidrelétricas (EXAME.com)

Vanessa Barbosa

Publicado em 18 de outubro de 2012 às 14h58.

São Paulo - O Operador Nacional do Sistema Elétrico ( ONS ) informou que vai acionar, a partir desta quinta-feira (18), as usinas térmicas movidas a óleo combustível e diesel. A medida foi tomada devido à estiagem provocada pelo fenômeno climático El Niño, que tem afetado os níveis de reservatórios das hidrelétricas em todo o país.

As termelétricas a óleo vão se somar às de gás que já estão em operação, acrescentando cerca de 2 mil megawatts (MW) médios à geração de energia nacional. De acordo com a ONS, o despacho das térmicas visa evitar que seja ultrapassada a Curva de Aversão ao Risco (CAR), que define níveis mínimos de armazenamento de energia em cada região para atender a demanda.

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No Nordeste, região que mais preocupa, os níveis dos reservatórios estão em 37,4% (5,3% acima da CAR). A energia “extra”, entretanto, tem um custo mais salgado do que a geração das hidrelétricas. O efeito deverá ser sentido pelo consumidor no próximo ano, após os reajustes que serão feitos nas tarifas das distribuidoras.

A ONS informou ainda que, desde setembro, a metodologia dos Procedimentos Operativos de Curto Prazo (POCP) já indicava a necessidade de ligar as termelétricas a óleo para manter os níveis-meta, mas o operador postergou a adoção da medida até o momento. Com isso, evitou uma despesa de R$ 1,4 bilhão em custos de geração que iriam impactar os consumidores brasileiros via Encargos de Serviços do Sistema.

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