Congresso americano: por sua parte, o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, rejeitou o "plano B" apresentado pelos republicanos (Lawrence Jackson/White House)
Da Redação
Publicado em 18 de dezembro de 2012 às 16h45.
Washington - O presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, o republicano John Boehner, propôs nesta terça-feira um chamado "plano B", para evitar o temido "abismo fiscal", que inclui a extensão das isenções fiscais para aqueles contribuintes que ganhem menos de US$ 1 milhão por ano.
"Neste momento, ter um plano alternativo para assegurar que seja afetado o menor número de contribuintes possíveis é o melhor caminho para nós", indicou Boehner.
Boehner reiterou sua "esperança" em chegar a um "acordo mais amplo" com a Casa Branca, que combine cortes de despesa e aumentos de impostos.
Este "plano B", segundo Boehner, não representa deixar de lado as negociações sobre um plano de redução do déficit fiscal e reconheceu que não é a "solução ideal"
O plano se produz em resposta à proposta apresentada ontem à noite pelo presidente do país, Barack Obama, após uma nova reunião com Boehner.
Na nova oferta, Obama sugere elevar os impostos às famílias que recebam mais de US$ 400 mil anuais, em vez dos US$ 250 mil que propôs inicialmente.
No entanto, Boehner assinalou hoje que a proposta da Casa Branca de ontem ainda não representa um "enfoque equilibrado" pelo baixo volume de cortes propostos.
Por sua parte, o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, rejeitou o "plano B" apresentado pelos republicanos ao "assegurar que não protege às famílias de classe média".
"O presidente propôs um plano razoável e equilibrado sobre a mesa que inclui uma significativa redução do déficit e reflete um compromisso real", afirmou Carney em comunicado.
O porta-voz insistiu que "(Obama) não aceitará um acordo que não peça o suficiente aos mais ricos em impostos e em seu lugar faça recair a carga sobre a classe média e os mais velhos".