Mundo

Renovação de concessões elétricas vai ao Congresso em junho

As diretrizes gerais da renovação condicionada das concessões do setor elétrico que vencem a partir de 2015 devem ser enviadas em junho

5 – AES Tietê também disparou com gestão privada  (Divulgação)

5 – AES Tietê também disparou com gestão privada (Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 28 de maio de 2012 às 19h49.

Brasília - O governo deve encaminhar ao Congresso em junho proposta com as diretrizes gerais da renovação condicionada das concessões do setor elétrico que vencem a partir de 2015, disse nesta segunda-feira o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Nelson Hubner, em entrevista durante o Reuters Latin American Investment Summit.

Segundo ele, com a renovação dos contratos, que em si já trará uma redução no preço da energia, o governo também conseguirá iniciar a redução dos encargos do setor elétrico, começando com a Reserva Global de Reversão (RGR), encargo que tem como uma de suas finalidades financiar a indenização de concessões devolvidas à União.

Como as concessões serão renovadas, o encargo perde parte de sua finalidade, segundo Hubner, podendo até ser extinto a partir de 2013. "Mais fácil (de extinguir) é a RGR. Se quiser, faz de uma vez", disse, lembrando que o encargo tem peso de pouco mais de um por cento na tarifa.

"O fundamento específico da criação da RGR é a indenização. Com a renovação das concessões, essa função deixa de existir", explicou Hubner.

Segundo o diretor-geral da Aneel, a renovação dos contratos de concessão deve envolver ainda um aumento do rigor nos contratos de concessão, dando ao órgão regulador mais instrumentos de fiscalização e até de intervenção em empresas com problemas.

"A ideia é deixar mais claro em que condições pode-se, por exemplo, decretar caducidade (perda da concessão), com processos mais rápidos e exigências em termos de qualidade." Outra medida tributária em estudo, segundo ele, seria a retomada da cumulatividade na cobrança do PIS-Cofins da tarifa de energia.

Já a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), usada para financiar o programa Luz Para Todos e para subsidiar consumidores de eletricidade de baixa renda, não poderia ser extinta de imediato, mas Hubner vê espaço para uma redução do encargo.

Acompanhe tudo sobre:GovernoLeilões

Mais de Mundo

Yamandú Orsi, da coalizão de esquerda, vence eleições no Uruguai, segundo projeções

Mercosul precisa de "injeção de dinamismo", diz opositor Orsi após votar no Uruguai

Governista Álvaro Delgado diz querer unidade nacional no Uruguai: "Presidente de todos"

Equipe de Trump já quer começar a trabalhar em 'acordo' sobre a Ucrânia