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Religiosos liberam consumo de gatos e cachorros na Síria

Grupo de xeques e ulemás sírios emitiram decreto pelo qual permitem o consumo de gatos, cachorros e burros para população não morrer de fome devido ao conflito

Rebelde sírio com cachorro: "nossa fé autoriza comer gatos, cachorros e burros porque o povo não tem mais alimentos", disseram religiosos (Khalil Ashawi/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 15 de outubro de 2013 às 09h29.

Cairo - Um grupo de xeques e ulemás sírios emitiram nesta terça-feira uma fatwa (espécie de decreto islâmico) pelo qual permitem aos habitantes dos subúrbios do sul de Damasco comer gatos , cachorros e burros para não morrerem de fome devido à guerra civil.

"Fazemos uma chamada humanitária dolorosa a todo o mundo sobre a situação que estamos vivendo no sul de Damasco", disseram os clérigos em um vídeo publicado na internet.

Os religiosos denunciaram que os moradores dos distritos do sul, cenário diário de bombardeios e enfrentamentos entre as forças do regime de Bashar al-Assad e os rebeldes, correm o risco de morrer de fome.

"Nossa fé autoriza comer gatos, cachorros e burros porque o povo não tem mais alimentos", disseram.

Os clérigos advertiram que se a situação continuar assim os vivos serão obrigados até mesmo a comer a carne dos mortos.

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) informou ontem que as autoridades sírias tinham permitido que 2.000 mulheres, crianças e idosos abandonassem a cidade de Muadamiya al-Sham, ao sudoeste da capital, em guerra há vários meses.

Segundo algumas interpretações islâmicas, é proibido por diversos motivos o consumo de carne de cachorros, gatos e burros em alguns ditos do profeta Maomé e no Alcorão.

Tais interpretações consideram "haram" (proibido) comer esses animais por serem "impuros" ao se alimentarem de sobras, enquanto outras argumentam que, segundo um versículo Alcorão, não se pode consumir animais que tenham presas.

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"Fazemos uma chamada humanitária dolorosa a todo o mundo sobre a situação que estamos vivendo no sul de Damasco", disseram os clérigos em um vídeo publicado na internet.

Os religiosos denunciaram que os moradores dos distritos do sul, cenário diário de bombardeios e enfrentamentos entre as forças do regime de Bashar al-Assad e os rebeldes, correm o risco de morrer de fome.

"Nossa fé autoriza comer gatos, cachorros e burros porque o povo não tem mais alimentos", disseram.

Os clérigos advertiram que se a situação continuar assim os vivos serão obrigados até mesmo a comer a carne dos mortos.

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) informou ontem que as autoridades sírias tinham permitido que 2.000 mulheres, crianças e idosos abandonassem a cidade de Muadamiya al-Sham, ao sudoeste da capital, em guerra há vários meses.

Segundo algumas interpretações islâmicas, é proibido por diversos motivos o consumo de carne de cachorros, gatos e burros em alguns ditos do profeta Maomé e no Alcorão.

Tais interpretações consideram "haram" (proibido) comer esses animais por serem "impuros" ao se alimentarem de sobras, enquanto outras argumentam que, segundo um versículo Alcorão, não se pode consumir animais que tenham presas.

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