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Reino Unido recruta espiões e França quer mais controle

Após ataques, o Reino Unido declarou que irá contratar mais espiões, e a França pediu um maior compartilhamento de inteligência e controles mais rígidos

Policiais fazem operação após atentados em Paris: Estado Islâmico alertou que os países que participam dos ataques aéreos contra a Síria terão o mesmo destino da França (Pascal Rossignol/REUTERS)
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Da Redação

Publicado em 16 de novembro de 2015 às 16h06.

Londres - Depois do ataque mais mortífero na Europa em mais de uma década, a Grã-Bretanha declarou nesta segunda-feira que irá contratar mais espiões, e a França pediu um maior compartilhamento de inteligência e controles mais rígidos nas fronteiras externas da União Europeia para deter contrabandistas de armas e militantes islâmicos.

Em um novo vídeo divulgado também nesta segunda-feira, o Estado Islâmico alertou que os países que participam dos ataques aéreos contra a Síria terão o mesmo destino da França --onde pelo menos 129 pessoas morreram nos atentados de sexta-feira em Paris-- e ameaçou atacar Washington.

No momento em que os governos da UE enfrentam o desafio de defender os 500 milhões de cidadãos do bloco contra ataques bem-planejados, a Grã-Bretanha anunciou que irá recrutar 1.900 espiões adicionais.

"Esta é uma luta geracional que exige que forneçamos mais mão de obra para combater aqueles que querem destruir a nós e aos nossos valores", disse o primeiro-ministro britânico, David Cameron, na cúpula do G20 na Turquia.

A contratação irá aumentar em cerca de 15 por cento, ou para 14.600 funcionários, o MI5, serviço de segurança doméstica britânico, o MI6, a agência de inteligência estrangeira, e o GCHQ, o centro de vigilância, provavelmente um número recorde.

O governo de Cameron também planeja duplicar o gasto com a segurança na aviação em resposta à queda de um avião comercial russo no Egito no mês passado, que a Grã-Bretanha afirmou acreditar ter sido abatido por uma bomba.

TÁTICAS DO ESTADO ISLÂMICO

Serviços de segurança e autoridades ocidentais declararam que os atos em Paris indicam que o Estado Islâmico está exibindo sua capacidade de atacar fora do Oriente Médio com ações de grande porte contra civis desarmados. O evento ainda marcou uma escalada em relação às execuções de reféns em áreas que o grupo controla na Síria e no Iraque.

Atualmente, o nível de ameaça na Grã-Bretanha é "severo", o segundo mais alto em uma escala de 5 graus, o que significa que um ataque é altamente provável. Cerca de 750 militantes britânicos viajaram para a Síria.

Embora cidadãos franceses vivendo na Bélgica estivessem entre os terroristas de Paris, a possibilidade de que um suspeito pode ter fingido ser um refugiado sírio ressuscitou o debate sobre a maneira como a UE está lidando com a crise imigratória.

O chefe do serviço de inteligência doméstica da Alemanha pediu "procedimentos metódicos" na gestão da chegada diária de milhares de postulantes a asilo em seu país, afirmando que extremistas podem explorar a situação às vezes caótica dos imigrantes.

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Londres - Depois do ataque mais mortífero na Europa em mais de uma década, a Grã-Bretanha declarou nesta segunda-feira que irá contratar mais espiões, e a França pediu um maior compartilhamento de inteligência e controles mais rígidos nas fronteiras externas da União Europeia para deter contrabandistas de armas e militantes islâmicos.

Em um novo vídeo divulgado também nesta segunda-feira, o Estado Islâmico alertou que os países que participam dos ataques aéreos contra a Síria terão o mesmo destino da França --onde pelo menos 129 pessoas morreram nos atentados de sexta-feira em Paris-- e ameaçou atacar Washington.

No momento em que os governos da UE enfrentam o desafio de defender os 500 milhões de cidadãos do bloco contra ataques bem-planejados, a Grã-Bretanha anunciou que irá recrutar 1.900 espiões adicionais.

"Esta é uma luta geracional que exige que forneçamos mais mão de obra para combater aqueles que querem destruir a nós e aos nossos valores", disse o primeiro-ministro britânico, David Cameron, na cúpula do G20 na Turquia.

A contratação irá aumentar em cerca de 15 por cento, ou para 14.600 funcionários, o MI5, serviço de segurança doméstica britânico, o MI6, a agência de inteligência estrangeira, e o GCHQ, o centro de vigilância, provavelmente um número recorde.

O governo de Cameron também planeja duplicar o gasto com a segurança na aviação em resposta à queda de um avião comercial russo no Egito no mês passado, que a Grã-Bretanha afirmou acreditar ter sido abatido por uma bomba.

TÁTICAS DO ESTADO ISLÂMICO

Serviços de segurança e autoridades ocidentais declararam que os atos em Paris indicam que o Estado Islâmico está exibindo sua capacidade de atacar fora do Oriente Médio com ações de grande porte contra civis desarmados. O evento ainda marcou uma escalada em relação às execuções de reféns em áreas que o grupo controla na Síria e no Iraque.

Atualmente, o nível de ameaça na Grã-Bretanha é "severo", o segundo mais alto em uma escala de 5 graus, o que significa que um ataque é altamente provável. Cerca de 750 militantes britânicos viajaram para a Síria.

Embora cidadãos franceses vivendo na Bélgica estivessem entre os terroristas de Paris, a possibilidade de que um suspeito pode ter fingido ser um refugiado sírio ressuscitou o debate sobre a maneira como a UE está lidando com a crise imigratória.

O chefe do serviço de inteligência doméstica da Alemanha pediu "procedimentos metódicos" na gestão da chegada diária de milhares de postulantes a asilo em seu país, afirmando que extremistas podem explorar a situação às vezes caótica dos imigrantes.

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