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Reino Unido pode perder 1,3 milhão de empregos até 2015

Londres - Até 1,3 milhões de empregos podem desaparecer no Reino Unido até 2015 em consequência dos cortes orçamentários anunciados pelo Governo do primeiro-ministro britânico, David Cameron. As estimativas são baseadas em números publicados pelo Ministério das Finanças e divulgados pelo jornal "The Guardian", segundo os quais, nos próximos cinco anos, podem ser perdidos 120 […]

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Da Redação

Publicado em 30 de junho de 2010 às, 06h26.

Londres - Até 1,3 milhões de empregos podem desaparecer no Reino Unido até 2015 em consequência dos cortes orçamentários anunciados pelo Governo do primeiro-ministro britânico, David Cameron.

As estimativas são baseadas em números publicados pelo Ministério das Finanças e divulgados pelo jornal "The Guardian", segundo os quais, nos próximos cinco anos, podem ser perdidos 120 mil empregos no setor público e 140 mil no privado a cada ano.

O ministro das Finanças, o conservador George Osborne, anunciou cortes em termos reais de 25% em todos os departamentos do Governo nos próximos quatro anos, exceção apenas à saúde e às ajudas ao desenvolvimento.

Embora não tenha dito quantos empregos do setor público desapareceriam, o Governo insistiu mais de uma vez que a maioria dessas perdas de postos de trabalho aconteceria de forma natural, com postos que não seriam ocupados depois de ficarem vagos.

Ao mesmo tempo, o Governo prevê a criação de 2,5 milhões de empregos em consequência do crescimento do setor privado.

O secretário-geral da confederação sindical TUC, Brendan Barber, classificou como "absurdas" as previsões oficiais, já que serão reduzidos os contratos públicos e diminuirá a despesa das famílias como consequência das medidas de austeridade anunciadas.


O Ministério das Finanças citou, no entanto, um relatório do Escritório de Responsabilidade Orçamentária, criada por Osborne, segundo o qual o desemprego alcançará em 2010 8,1% da população ativa para cair depois gradualmente até 6,1% em 2015.

O ex-titular trabalhista de Finanças, Alistair Darling, acusou, no entanto, seu sucessor de "desonestidade" ao não dizer aos cidadãos claramente que os cortes orçamentários vão destruir empregos.

"Os tories não foram obrigados a tomar essas medidas (de economia). Simplesmente optaram por tomá-las", afirmou Darling, que disse que esses cortes "supõem uma ameaça real à recuperação econômica do país".

Entre os que criticaram as medidas adotadas pelo Governo conservador liberal-democrata britânico está o prêmio Nobel de Economia Joseph Stiglitz.

Segundo ele, os Governos, como o britânico, não só se negam a estimular a economia, mas se dedicam a recortar despesas, como fez o presidente americano Herbert Hoover em 1929, com a consequência da quebra de Wall Street na Grande Depressão.

"Hoover achava que quando se entra em recessão, aumentam os déficits, por isso optou pelos cortes. Isto é exatamente o que querem agora os estúpidos mercados financeiros que nos introduziram totalmente nos problemas que temos", assinalou o prêmio Nobel em recentes declarações à imprensa britânica.


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