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Rei da Espanha ganha apoios latino-americanos

No terceiro e último dia de sua viagem de trabalho ao Brasil e ao Chile, Juan Carlos I foi a Cerro Paranal, no deserto do Atacama

Rei Juan Carlos I da Espanha cumprimenta a presidente Dilma Rousseff (Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de junho de 2012 às 21h29.

Cerro Paranal - O rei da Espanha mostrou otimismo nesta quarta-feira sobre a possibilidade de fim da crise econômica em seu país a curto prazo, e ressaltou que os aliados latino-americanos com os quais se reuniu nos últimos dias estão 'preocupados' com a situação da Europa.

No terceiro e último dia de sua viagem de trabalho ao Brasil e ao Chile, Juan Carlos I foi a Cerro Paranal, no deserto do Atacama, a convite do presidente Sebastián Piñera, para participar da IV Cúpula da Aliança do Pacífico, onde também se encontrou com os chefes de Estado de México, Colômbia e Peru, e ouviu deles a confirmação de que irão à Cúpula Ibero-Americana de Cádiz.

Sobre as conversas com os quatro presidentes a respeito da crise, o rei disse que todos 'estão preocupados pelo fato de que a Europa tenha que tomar medidas' e que ouviu a intenção deles em 'ajudar e apoiar' os espanhóis. O monarca também declarou que está 'sempre' otimista quanto à chance de a Espanha conseguir sair da crise rapidamente.

Juan Carlos viajou de Santiago a Antofagasta em um avião da Força Aérea Espanhola com o qual chegou ao Chile, e seguiu de helicóptero até as instalações em Paranal onde ficam os telescópios do Observatório Europeu Austral (ISSO), que em novembro do ano passado foram visitadas pelos príncipes de Astúrias.

No local, o governante chileno ofereceu um almoço a seus convidados, no qual o rei teve a oportunidade de avançar nos preparativos da Cúpula Ibero-Americana de Cádiz com os presidentes Felipe Calderón (México), Juan Manuel Santos (Colômbia) e Ollanta Humala (Peru).


O chanceler da Costa Rica, Enrique Castillo, e o vice-chanceler do Panamá, Francisco Álvarez de Soto, também participaram deste almoço, após o qual Juan Carlos se reuniu com Humala e Calderón, antes de retornar à Espanha.

A Aliança do Pacífico é uma proposta de bloco comercial promovida por Chile, Peru, Colômbia e México, da qual Costa Rica e Panamá participam como países observadores e cuja ata constitutiva foi assinada hoje, na Cúpula de Paranal.

A visita de trabalho do rei a Brasil e Chile permitiu reforçar a cooperação política da Espanha com estes dois parceiros sul-americanos e explorar novas oportunidades de negócio para as empresas espanholas em ambos os países. Na viagem, o monarca foi acompanhado por diversos empresários.

Os presidentes de Banco Santander, Repsol, Telefónica, Iberdrola, Indra, Iberia, Enagás, Navantia e Sacytr acompanharam Juan Carlos em pelo menos um dos períodos da viagem como principais integrantes da delegação empresarial espanhola, liderada pelo presidente da patronal CEOE, Juan Rosell.

Sem citar em nenhum momento o polêmico litígio com a Argentina aberto após a desapropriação da YPF a Repsol, o rei elogiou durante esta viagem o respeito aos compromissos e a segurança jurídica de Brasil e Chile às empresas espanholas, com uma reafirmação da aposta da Espanha em ambos os mercados que foi recebida positivamente tanto por Piñera como por Dilma Rousseff.

Após sua reunião com Juan Carlos em Brasília, Dilma apostou em ampliar e diversificar a cooperação empresarial hispânico-brasileira com novas alianças em setores como infraestruturas, transportes, energia e telecomunicações, assim como através de projetos conjuntos em defesa, pesquisa científica e tecnologia da informação.

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Cerro Paranal - O rei da Espanha mostrou otimismo nesta quarta-feira sobre a possibilidade de fim da crise econômica em seu país a curto prazo, e ressaltou que os aliados latino-americanos com os quais se reuniu nos últimos dias estão 'preocupados' com a situação da Europa.

No terceiro e último dia de sua viagem de trabalho ao Brasil e ao Chile, Juan Carlos I foi a Cerro Paranal, no deserto do Atacama, a convite do presidente Sebastián Piñera, para participar da IV Cúpula da Aliança do Pacífico, onde também se encontrou com os chefes de Estado de México, Colômbia e Peru, e ouviu deles a confirmação de que irão à Cúpula Ibero-Americana de Cádiz.

Sobre as conversas com os quatro presidentes a respeito da crise, o rei disse que todos 'estão preocupados pelo fato de que a Europa tenha que tomar medidas' e que ouviu a intenção deles em 'ajudar e apoiar' os espanhóis. O monarca também declarou que está 'sempre' otimista quanto à chance de a Espanha conseguir sair da crise rapidamente.

Juan Carlos viajou de Santiago a Antofagasta em um avião da Força Aérea Espanhola com o qual chegou ao Chile, e seguiu de helicóptero até as instalações em Paranal onde ficam os telescópios do Observatório Europeu Austral (ISSO), que em novembro do ano passado foram visitadas pelos príncipes de Astúrias.

No local, o governante chileno ofereceu um almoço a seus convidados, no qual o rei teve a oportunidade de avançar nos preparativos da Cúpula Ibero-Americana de Cádiz com os presidentes Felipe Calderón (México), Juan Manuel Santos (Colômbia) e Ollanta Humala (Peru).


O chanceler da Costa Rica, Enrique Castillo, e o vice-chanceler do Panamá, Francisco Álvarez de Soto, também participaram deste almoço, após o qual Juan Carlos se reuniu com Humala e Calderón, antes de retornar à Espanha.

A Aliança do Pacífico é uma proposta de bloco comercial promovida por Chile, Peru, Colômbia e México, da qual Costa Rica e Panamá participam como países observadores e cuja ata constitutiva foi assinada hoje, na Cúpula de Paranal.

A visita de trabalho do rei a Brasil e Chile permitiu reforçar a cooperação política da Espanha com estes dois parceiros sul-americanos e explorar novas oportunidades de negócio para as empresas espanholas em ambos os países. Na viagem, o monarca foi acompanhado por diversos empresários.

Os presidentes de Banco Santander, Repsol, Telefónica, Iberdrola, Indra, Iberia, Enagás, Navantia e Sacytr acompanharam Juan Carlos em pelo menos um dos períodos da viagem como principais integrantes da delegação empresarial espanhola, liderada pelo presidente da patronal CEOE, Juan Rosell.

Sem citar em nenhum momento o polêmico litígio com a Argentina aberto após a desapropriação da YPF a Repsol, o rei elogiou durante esta viagem o respeito aos compromissos e a segurança jurídica de Brasil e Chile às empresas espanholas, com uma reafirmação da aposta da Espanha em ambos os mercados que foi recebida positivamente tanto por Piñera como por Dilma Rousseff.

Após sua reunião com Juan Carlos em Brasília, Dilma apostou em ampliar e diversificar a cooperação empresarial hispânico-brasileira com novas alianças em setores como infraestruturas, transportes, energia e telecomunicações, assim como através de projetos conjuntos em defesa, pesquisa científica e tecnologia da informação.

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