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Regras da UE sobre neutralidade devem desagradar operadoras

Operadoras de telecomunicações da Europa terão que justificar a prioridade que dão a certos serviços de rede


	Bandeira da União Europeia: UE adotou no ano passado as primeiras regras de neutralidade que exigem que operadores de telecomunicações tratem todo o tráfego de Internet de forma igual
 (Simon Dawson/Bloomberg)

Bandeira da União Europeia: UE adotou no ano passado as primeiras regras de neutralidade que exigem que operadores de telecomunicações tratem todo o tráfego de Internet de forma igual (Simon Dawson/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 2 de junho de 2016 às 17h39.

Bruxelas - Operadoras de telecomunicações da Europa terão que justificar a prioridade que dão a certos serviços de rede, segundo novas diretrizes regulatórias da União Europeia, movimento que deve decepcionar uma indústria que quer mais margem de manobra para ampliar receitas.

A UE adotou no ano passado as primeiras regras de neutralidade que exigem que operadores de telecomunicações, como Orange, Deutsche Telekom e Telecom Italia tratem todo o tráfego de Internet de forma igual.

O Berec, grupo composto por 28 autoridades reguladoras das telecomunicações da UE, produziu um conjunto de orientações sobre a aplicação das regras de neutralidade da rede, que serão apresentados na segunda-feira e adotadas em agosto após resposta das partes interessadas.

A indústria de telecomunicações procura aumentar as receitas de serviços especializados, tais como conectividade para carros sem motoristas e dispositivos conectados à Internet para contrabalançar a queda nos negócios na telefonia tradicional.

Mas os defensores da neutralidade da rede se preocupam com a criação de uma Internet de duas velocidades, beneficiando apenas empresas com grandes orçamentos, que podem pagar por transmissão mais rápida de serviços.

Os operadores de telecomunicações têm pressionado fortemente contra regras rígidas que as proíbam de priorizar alguns tipos de dados em detrimento de outros, argumentando que eles precisam ser capazes de dedicar capacidade da rede para serviços que exigem um nível maior de qualidade, como facilitar o intercâmbio de dados médicos entre pacientes e profissionais da saúde.

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