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Regime sírio denuncia "parcialidade" de enviado

O enviado internacional Lakhdar Brahimi criticou o plano de paz do presidente sírio, Bashar al-Assad


	Assad: Bashar al-Assad propôs no domingo um plano para acabar com a crise de 21 meses que prevê o fim das operações militares.
 (Russia Today/AFP)

Assad: Bashar al-Assad propôs no domingo um plano para acabar com a crise de 21 meses que prevê o fim das operações militares. (Russia Today/AFP)

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Da Redação

Publicado em 10 de janeiro de 2013 às 13h51.

Damasco - O governo sírio acusou nesta quinta-feira de "parcialidade flagrante" o enviado internacional Lakhdar Brahimi, que, nesta quarta-feira, criticou o plano de paz do presidente sírio, Bashar al-Assad.

"A Síria está indignada com as declarações de Lakhdar Brahimi, que ultrapassou os limites do seu mandato e demonstrou uma parcialidade flagrante em favor das partes conhecidas por estarem conspirando contra a Síria e seu povo", indicou o Ministério das Relações Exteriores da Síria em um comunicado divulgado pela televisão estatal.

Na quarta-feira, Brahimi afirmou que o plano de Assad para resolver a crise síria é "talvez ainda mais sectário, mais parcial" do que outras iniciativas anteriores apresentadas pelo governo.

"É a repetição de iniciativas anteriores que claramente não funcionaram (...). O que foi dito desta vez, verdadeiramente, não é diferente, talvez ainda mais sectário, mais parcial", declarou Brahimi ao se manifestar pela primeira vez sobre o plano de três fases anunciado por Assad no domingo.

"Em 2012 houve um novo Parlamento, uma nova Constituição, um novo governo. E a situação não melhorou nada", considerou o emissário da ONU e da Liga Árabe para a Síria.

"Na Síria, como em outras partes, os povos da região exigem uma mudança verdadeira, não uma mudança cosmética. O tempo das reformas generosamente aceitas (pelo poder) já terminou", disse com ironia.

Bashar al-Assad, que sucedeu seu pai em 2000, propôs no domingo um plano para acabar com a crise de 21 meses que prevê o fim das operações militares, seguido de um diálogo nacional presidido por seu próprio governo.

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