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Regime birmanês acusa Suu Kyi de colocar em risco a paz

Líder do movimento democrático quer se reunir com as etnias do país para lançar uma federação de estados

Libertação de Suu Kyi: junta militar do país critica as manobras políticas da líder opositora (Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 8 de dezembro de 2010 às 08h50.

Bangcoc - A Junta Militar de Mianmar acusou nesta quarta-feira a líder do movimento democrático, Aung San Suu Kyi, de colocar em perigo a paz pactuada com as minorias étnicas com sua oferta de negociar um acordo que garanta os Governos autônomos.

Como em algumas ocasiões anteriores, o regime presidido pelo general Than Shwe usou a imprensa estatal para criticar Suu Kyi e sua proposta, que classificou de "manobra política barata" destinada a ressuscitar as hostilidades com as organizações étnicas.

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No comentário publicado consta a oferta feita pela Nobel da Paz é inconstitucional por não contar com o beneplácito dos militares.

No dia seguinte a sua libertação - em 13 de novembro - após sete anos e meio de cativeiro, Suu Kyi se propôs a organizar um congresso nacional com as etnias para relançar seu futuro político de Mianmar (antiga Birmânia) e a criação de uma federação de estados seguindo as premissas do acordo de Panglong.

A oferta da Nobel da Paz foi seguida pela maioria das organizações étnicas, incluídas a dezena que nos anos 90 estabeleceu pactos de cessar-fogo com o Governo central em troca de certo controle sobre os territórios em que habitam.

A crítica a Suu Kyi ocorre quando a subsecretária adjunta para assuntos da Ásia Oriental e Pacífico do Departamento de Estado americano, Joseph Yun, faz visita oficial a Mianmar com a finalidade de manter reuniões com dirigentes das forças políticas e membros da Junta Militar.

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