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Referendo grego ameaça nova crise na zona do euro

Premiê grego fez anúncio para colocar o resgate do país em um referendo, que ameaça intensificar a crise da zona do euro

A incerteza renovada será, provavelmente, um embaraço para os líderes do G20 na França esta semana, que estão tentando convencer a China a ajudar a zona do euro (Louisa Gouliamaki/AFP)
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Da Redação

Publicado em 1 de novembro de 2011 às 07h58.

Atenas - O anúncio surpreendente do primeiro-ministro George Papandreou de que vai colocar o resgate da Grécia em um referendo ameaçou intensificar a crise da zona do euro, além de gerar queixas na Alemanha de que Atenas esteja tentando se esquivar do acordo.

Os líderes da zona do euro concordaram na semana passada em conceder a Atenas um segundo pacote, de 130 bilhões de euros, e um corte de 50 por cento em sua dívida. O preço do pacote é um programa de cortes de gastos que desencadeou uma onda de protestos entre os gregos.

Papandreou disse que precisava de maior apoio político para as medidas fiscais e as reformas estruturais exigidas pelos credores internacionais.

Um líder da coalizão da chanceler alemã, Angela Merkel, disse na terça-feira que estava "irritado" com o anúncio de Papandreou.

"Isso soa como alguém que está tentando se esquivar do que foi acordado --uma coisa estranha a se fazer", disse Rainer Bruederle, líder parlamentar do Partido Liberal Democrata FDP).

"Só se pode fazer uma coisa: fazer os preparativos para a eventualidade de que haja um estado de insolvência na Grécia." Segundo analistas, as últimas pesquisas de opinião mostram que a maioria dos gregos têm uma visão negativa sobre o acordo de resgate.

A incerteza renovada será, provavelmente, um embaraço para os líderes do G20 na França esta semana, que estão tentando convencer a China a ajudar a zona do euro.

"Se era para haver um referendo, podemos razoavelmente concluir que eles não podem aceitar as medidas de austeridade. Podemos concluir que isso vai desmoronar o baralho de cartas", disse Howard Wheeldon, estrategista-sênior da BGC Partners em Londres.

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Papandreou disse que precisava de maior apoio político para as medidas fiscais e as reformas estruturais exigidas pelos credores internacionais.

Um líder da coalizão da chanceler alemã, Angela Merkel, disse na terça-feira que estava "irritado" com o anúncio de Papandreou.

"Isso soa como alguém que está tentando se esquivar do que foi acordado --uma coisa estranha a se fazer", disse Rainer Bruederle, líder parlamentar do Partido Liberal Democrata FDP).

"Só se pode fazer uma coisa: fazer os preparativos para a eventualidade de que haja um estado de insolvência na Grécia." Segundo analistas, as últimas pesquisas de opinião mostram que a maioria dos gregos têm uma visão negativa sobre o acordo de resgate.

A incerteza renovada será, provavelmente, um embaraço para os líderes do G20 na França esta semana, que estão tentando convencer a China a ajudar a zona do euro.

"Se era para haver um referendo, podemos razoavelmente concluir que eles não podem aceitar as medidas de austeridade. Podemos concluir que isso vai desmoronar o baralho de cartas", disse Howard Wheeldon, estrategista-sênior da BGC Partners em Londres.

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