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Rebeldes líbios receberão armas do Catar

Direção dos insurgentes criticou o modo de a Otan lidar com a missão

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 4 de abril de 2011 às 09h21.

Benghazi, Líbia - Os rebeldes líbios fizeram um acordo com o Catar para receber armamentos e estão em negociações com o Egito para aumentar seu arsenal, disseram nesta segunda-feira à Agência Efe fontes da direção insurgente em Benghazi.

As mesmas fontes informaram que desde que a Otan tomou o comando da operação aliada a situação "mudou totalmente para pior", já que seus bombardeios se repetem sobre as mesmas áreas, em vez de serem localizados nos arredores de Misrata e outras regiões onde seriam mais efetivos.

"Não acreditamos na Otan, não queremos uma Líbia dividida", disseram à Efe representantes rebeldes em referência à ausência de ataques aliados em torno de Misrata, cidade ainda sob controle insurgente, mas que vem sendo assediada há mais de um mês pelas tropas que apoiam o líder Muammar Kadafi.

Um navio turco chegou ontem à noite ao porto de Benghazi procedente de Misrata com 250 feridos retirados da cidade devido ao colapso de seus postos de saúde, que carecem de remédios e funcionários.

Omar Abdelfatah, um engenheiro civil que sofreu múltiplos ferimentos devido a uma grande explosão que ocorreu próximo a sua casa, em Misrata, declarou à Agência Efe no interior do navio que a situação na cidade é "aterrorizante", com contínuos bombardeios das forças pró-Kadafi.

Ainda de acordo com ele, moradores locais permanecem trancados em suas casas "com muito medo de serem atingidos por disparos".

Essa versão foi corroborada por Mefta Zetuan, um professor universitário que teve que deixar a cidade e embarcar rumo a Turquia para encontrar seu filho, que trabalha para o Crescente Vermelho e foi alvejado quando atendia feridos.

Segundo Zetuan, desde que começaram os combates foram registradas entre 250 e 260 mortes, e cerca de mil de feridos em Misrata.

O membro do comitê de crise do Conselho Nacional Transitório, principal órgão de direção insurgente, Haded Mohammed Ben Ali, disse à Agência Efe que os aliados devem bombardear os arredores de Misrata se quiserem impedir o massacre de civis, além das posições das tropas que apoiam Kadafi em Bin Jawad e outros enclaves estratégicos do leste do país.

Ben Ali considerou "ridícula" a suposta proposta do regime líbio para que Saif al Islam, um dos filhos de Kadafi, tome o poder em lugar de seu pai.

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"Não acreditamos na Otan, não queremos uma Líbia dividida", disseram à Efe representantes rebeldes em referência à ausência de ataques aliados em torno de Misrata, cidade ainda sob controle insurgente, mas que vem sendo assediada há mais de um mês pelas tropas que apoiam o líder Muammar Kadafi.

Um navio turco chegou ontem à noite ao porto de Benghazi procedente de Misrata com 250 feridos retirados da cidade devido ao colapso de seus postos de saúde, que carecem de remédios e funcionários.

Omar Abdelfatah, um engenheiro civil que sofreu múltiplos ferimentos devido a uma grande explosão que ocorreu próximo a sua casa, em Misrata, declarou à Agência Efe no interior do navio que a situação na cidade é "aterrorizante", com contínuos bombardeios das forças pró-Kadafi.

Ainda de acordo com ele, moradores locais permanecem trancados em suas casas "com muito medo de serem atingidos por disparos".

Essa versão foi corroborada por Mefta Zetuan, um professor universitário que teve que deixar a cidade e embarcar rumo a Turquia para encontrar seu filho, que trabalha para o Crescente Vermelho e foi alvejado quando atendia feridos.

Segundo Zetuan, desde que começaram os combates foram registradas entre 250 e 260 mortes, e cerca de mil de feridos em Misrata.

O membro do comitê de crise do Conselho Nacional Transitório, principal órgão de direção insurgente, Haded Mohammed Ben Ali, disse à Agência Efe que os aliados devem bombardear os arredores de Misrata se quiserem impedir o massacre de civis, além das posições das tropas que apoiam Kadafi em Bin Jawad e outros enclaves estratégicos do leste do país.

Ben Ali considerou "ridícula" a suposta proposta do regime líbio para que Saif al Islam, um dos filhos de Kadafi, tome o poder em lugar de seu pai.

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