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Rebeldes alertam ONU de que não há refúgio na Somália

Insurgentes islamitas advertiram Nações Unidas no dia seguinte a um ataque contra complexo da organização, que deixou 18 mortos

Soldados no complexo da ONU em Mogadíscio, após o ataque: militantes do Shebab usaram carro-bomba e praticaram ataques suicidas para causar explosões que abriram caminho no complexo (Mohamed Abdiwahab/AFP)
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Da Redação

Publicado em 20 de junho de 2013 às 11h58.

Mogadíscio - Insurgentes islamitas shebab advertiram nesta quinta-feira a ONU de que não encontrará "nenhum refúgio seguro" na Somália, no dia seguinte a um ataque contra seu principal complexo em Mogadíscio, que deixou 18 mortos, segundo um balanço oficial.

"A operação foi destinada a mostrar à ONU que não encontrará nenhum refúgio seguro na Somália", afirmou o porta-voz dos shebab, Ali Mohamed Rage, falando à Rádio Andalus, oficial do movimento.

"É uma advertência para os infieis que sonham violar os direitos do povo somali no futuro", acrescentou, acusando a ONU de "recrutar agentes para combater o Islã".

O ataque da véspera, em que um número indeterminado de agressores conseguiu penetrar no prédio da ONU, chegou ao fim depois de uma hora e meia de combates.

O primeiro-ministro da Somália, Abdi Farah Shirdon, se referiu ao episódio como um "ataque desprezível e sem sentido a inocentes da ONU", e o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, se disse "chocado".

Os militantes do Shebab, que assumiram a autoria do ataque, usaram um carro-bomba e praticaram ataques suicidas para causar explosões que abriram caminho na base fortificada em Mogadíscio.


Alertas vinham sendo feitos há semanas, e os funcionários da ONU faziam exercícios de segurança regulares, nos quais iam para um bunkers seguros dentro do complexo.

O complexo - que inclui áreas residenciais e escritórios comerciais - está localizado próximo ao aeroporto e a segurança é feita por guardas particulares.

A capital da Somália tem sido alvo de vários ataques suicidas e com carros-bomba, embora nas últimas semanas a cidade estivesse relativamente calma.

Os militantes do Shebab chegaram a controlar a maior parte da capital, até que o grupo abandonou suas posições em 2011. Porém, os insurgentes vêm, desde então, realizando uma série de ataques contra o governo auxiliado pela ONU.

O último grande ataque foi praticado em abril, quando o Shebab enviou uma unidade suicida para explodir o principal complexo judiciário de Mogadíscio.

Alguns dos militantes acionaram seus coletes explosivos, enquanto outros abriram fogo em uma ação que matou 34 pessoas.

A força de 17 mil soldados da União Africana, que luta ao lado das tropas somalis, obrigou os militantes a deixar uma série de cidades importantes.

Apesar de divididos por lutas internas e de serem caçados por aviões americanos, os extremistas do shebab continuam a ser uma forte ameaça, promovendo assassinatos e explodindo carros-bomba. Além disso, ainda são muito ativos nas zonas rurais e estão infiltrados nas forças de segurança.

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Mogadíscio - Insurgentes islamitas shebab advertiram nesta quinta-feira a ONU de que não encontrará "nenhum refúgio seguro" na Somália, no dia seguinte a um ataque contra seu principal complexo em Mogadíscio, que deixou 18 mortos, segundo um balanço oficial.

"A operação foi destinada a mostrar à ONU que não encontrará nenhum refúgio seguro na Somália", afirmou o porta-voz dos shebab, Ali Mohamed Rage, falando à Rádio Andalus, oficial do movimento.

"É uma advertência para os infieis que sonham violar os direitos do povo somali no futuro", acrescentou, acusando a ONU de "recrutar agentes para combater o Islã".

O ataque da véspera, em que um número indeterminado de agressores conseguiu penetrar no prédio da ONU, chegou ao fim depois de uma hora e meia de combates.

O primeiro-ministro da Somália, Abdi Farah Shirdon, se referiu ao episódio como um "ataque desprezível e sem sentido a inocentes da ONU", e o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, se disse "chocado".

Os militantes do Shebab, que assumiram a autoria do ataque, usaram um carro-bomba e praticaram ataques suicidas para causar explosões que abriram caminho na base fortificada em Mogadíscio.


Alertas vinham sendo feitos há semanas, e os funcionários da ONU faziam exercícios de segurança regulares, nos quais iam para um bunkers seguros dentro do complexo.

O complexo - que inclui áreas residenciais e escritórios comerciais - está localizado próximo ao aeroporto e a segurança é feita por guardas particulares.

A capital da Somália tem sido alvo de vários ataques suicidas e com carros-bomba, embora nas últimas semanas a cidade estivesse relativamente calma.

Os militantes do Shebab chegaram a controlar a maior parte da capital, até que o grupo abandonou suas posições em 2011. Porém, os insurgentes vêm, desde então, realizando uma série de ataques contra o governo auxiliado pela ONU.

O último grande ataque foi praticado em abril, quando o Shebab enviou uma unidade suicida para explodir o principal complexo judiciário de Mogadíscio.

Alguns dos militantes acionaram seus coletes explosivos, enquanto outros abriram fogo em uma ação que matou 34 pessoas.

A força de 17 mil soldados da União Africana, que luta ao lado das tropas somalis, obrigou os militantes a deixar uma série de cidades importantes.

Apesar de divididos por lutas internas e de serem caçados por aviões americanos, os extremistas do shebab continuam a ser uma forte ameaça, promovendo assassinatos e explodindo carros-bomba. Além disso, ainda são muito ativos nas zonas rurais e estão infiltrados nas forças de segurança.

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