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Raupp: 'é difícil acreditar que Cardozo não sabia'

Para o presidente nacional do PMDB, Valdir Raupp, o ministro da Justiça provavelmente sabia da operação da Polícia Federal que fez uma devassa no ministério do Turismo

Raupp: "Foi uma grande injustiça o que fizeram com o PMDB" (Marcello Casal Jr/ABr)
DR

Da Redação

Publicado em 11 de agosto de 2011 às 19h53.

São Paulo - O presidente Nacional do PMDB, Valdir Raupp, disse hoje que houve excessos da Polícia Federal (PF) ao deflagrar a Operação Voucher, na última terça-feira. A operação promoveu uma devassa no Ministério do Turismo, pasta sob o comando da sigla. Além de criticar a forma como a PF agiu, Raupp disse que é "meio difícil de acreditar" que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, não soubesse previamente da ação policial. "Foi uma grande injustiça o que fizeram com o PMDB", lamentou.

"Houve excesso do juiz que decretou a prisão, do promotor que pediu a prisão, da Polícia Federal que prendeu e algemou pessoas inocentes", afirmou. "A informação que chegou a nós é a de que o ministro só foi informado na última hora, quando a operação já estava acontecendo, mas é uma coisa meio difícil de acreditar", alfinetou.

O presidente do PMDB participou nesta quinta-feira de evento de filiação do ex-governador de São Paulo Luiz Antônio Fleury Filho, na capital paulista. Apesar da suspeição contra Cardozo, ele acrescentou, contudo, que até que seja provado o contrário o partido vai acreditar na palavra do ministro da Justiça. "E na ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais), que disse que a presidente Dilma Rousseff só soube da operação naquela manhã."

Raupp negou que o PMDB esteja sendo tratado de maneira diferenciada nas crises pelas quais passam os ministérios do Turismo e da Agricultura. No Ministério dos Transportes, que estava sob o comando do PR e que também foi alvo de denúncias, o ex-chefe da pasta, Alfredo Nascimento, deixou o cargo.

"Se isso que fizeram até agora foi tratamento privilegiado, com a prisão do Coubert Martins sem uma única prova, não sei então o que seria se não o tivesse", ironizou. Raupp considerou ainda difícil que 38 pessoas apontadas como suspeitas na Operação Voucher tenham cometido um crime em conjunto. "É claro que daqueles 38 há uma meia dúzia que realmente eles têm provas contra, mas boa parte não tem."

Indagado se a ação policial teria sido orquestrada pelo governo federal para retaliar o partido, o presidente do PMDB frisou: "Todas as falas até agora do governo federal é de que não (houve orquestração). Foi uma coisa que fugiu do controle e que estão tomando todas as precauções para que não aconteça novamente."

Raupp ressaltou ainda que o PMDB não é contra a investigação e a prisão de envolvidos em irregularidades, mas disse que isso deve ocorrer apenas quando houver provas. "Condenar uma pessoa, apunhalar uma pessoa sem uma única prova é uma coisa muito difícil", afirmou. E refutou que a Operação Voucher poderia levar a sigla a retaliar o governo Dilma em votações no Congresso: "O PMDB está tranquilo, continuaremos firmes na base aliada, porque temos uma aliança sólida com a presidente."

O presidente do PMDB disse que informou ontem o governo federal, na reunião do Conselho Político, que todos os projetos que chegarem ao Congresso sobre a saúde financeira da economia nacional serão apoiados integralmente pela sigla.

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São Paulo - O presidente Nacional do PMDB, Valdir Raupp, disse hoje que houve excessos da Polícia Federal (PF) ao deflagrar a Operação Voucher, na última terça-feira. A operação promoveu uma devassa no Ministério do Turismo, pasta sob o comando da sigla. Além de criticar a forma como a PF agiu, Raupp disse que é "meio difícil de acreditar" que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, não soubesse previamente da ação policial. "Foi uma grande injustiça o que fizeram com o PMDB", lamentou.

"Houve excesso do juiz que decretou a prisão, do promotor que pediu a prisão, da Polícia Federal que prendeu e algemou pessoas inocentes", afirmou. "A informação que chegou a nós é a de que o ministro só foi informado na última hora, quando a operação já estava acontecendo, mas é uma coisa meio difícil de acreditar", alfinetou.

O presidente do PMDB participou nesta quinta-feira de evento de filiação do ex-governador de São Paulo Luiz Antônio Fleury Filho, na capital paulista. Apesar da suspeição contra Cardozo, ele acrescentou, contudo, que até que seja provado o contrário o partido vai acreditar na palavra do ministro da Justiça. "E na ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais), que disse que a presidente Dilma Rousseff só soube da operação naquela manhã."

Raupp negou que o PMDB esteja sendo tratado de maneira diferenciada nas crises pelas quais passam os ministérios do Turismo e da Agricultura. No Ministério dos Transportes, que estava sob o comando do PR e que também foi alvo de denúncias, o ex-chefe da pasta, Alfredo Nascimento, deixou o cargo.

"Se isso que fizeram até agora foi tratamento privilegiado, com a prisão do Coubert Martins sem uma única prova, não sei então o que seria se não o tivesse", ironizou. Raupp considerou ainda difícil que 38 pessoas apontadas como suspeitas na Operação Voucher tenham cometido um crime em conjunto. "É claro que daqueles 38 há uma meia dúzia que realmente eles têm provas contra, mas boa parte não tem."

Indagado se a ação policial teria sido orquestrada pelo governo federal para retaliar o partido, o presidente do PMDB frisou: "Todas as falas até agora do governo federal é de que não (houve orquestração). Foi uma coisa que fugiu do controle e que estão tomando todas as precauções para que não aconteça novamente."

Raupp ressaltou ainda que o PMDB não é contra a investigação e a prisão de envolvidos em irregularidades, mas disse que isso deve ocorrer apenas quando houver provas. "Condenar uma pessoa, apunhalar uma pessoa sem uma única prova é uma coisa muito difícil", afirmou. E refutou que a Operação Voucher poderia levar a sigla a retaliar o governo Dilma em votações no Congresso: "O PMDB está tranquilo, continuaremos firmes na base aliada, porque temos uma aliança sólida com a presidente."

O presidente do PMDB disse que informou ontem o governo federal, na reunião do Conselho Político, que todos os projetos que chegarem ao Congresso sobre a saúde financeira da economia nacional serão apoiados integralmente pela sigla.

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