Mundo

Raúl Castro declara sexta-feira santa como feriado em Cuba

O presidente decretou um "recesso das atividades laborais" no dia 29 de março


	Raúl Castro: o líder cubano aprofundou sua aproximação com a Igreja através de um diálogo inédito que começou em maio de 2010 
 (Adalberto Roque/AFP)

Raúl Castro: o líder cubano aprofundou sua aproximação com a Igreja através de um diálogo inédito que começou em maio de 2010  (Adalberto Roque/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de março de 2013 às 12h44.

Havana - O presidente Raúl Castro decretou um "recesso das atividades laborais" no dia 29 de março, sexta-feira santa, afirmou um comunicado publicado nesta segunda-feira pelo jornal oficial Granma, que não explicou os motivos da decisão.

"A direção do país decidiu aprovar o recesso das atividades laborais na sexta-feira, 29 de março de 2013", disse o texto publicado, que informou ainda as atividades excepcionais que não entrarão em recesso.

Em 2012, o presidente também decretou feriado no dia da celebração católica (que caiu no dia 6 de abril) "com caráter excepcional", acatando um pedido do então papa Bento XVI durante sua visita à ilha, de 26 a 28 de março do mesmo ano.

"Tínhamos indícios de que ia ser assim e nos alegra muito saber que tanto os fiéis católicos quanto o povo que tem simpatia em relação à Igreja e religiosidade em seus sentimentos possam na sexta-feira santa participar agora com mais liberdade nos horários das diferentes celebrações que teremos", disse à AFP o sacerdote José Féliz Pérez, secretário-executivo da Conferência Episcopal.

Ele acrescentou que "esta notícia é muito agradável neste sentido, que o sentido religioso da sexta-feira santa possa ser vivido".

As relações entre o governo de Cuba e a Igreja foram instáveis durante os mais de 50 anos de governo comunista na ilha, com períodos de duros confrontos e outros de coabitação.

No entanto, as relações oficiais com o Vaticano nunca foram interrompidas.

Desde a histórica visita do papa João Paulo II à ilha, em janeiro de 1998, começou uma aproximação entre a hierarquia católica e o então presidente Fidel Castro, substituído no poder por seu irmão Raúl em 2006 devido a uma grave crise de saúde.

Raúl Castro aprofundou sua aproximação com a Igreja através de um diálogo inédito que começou em maio de 2010 e cujos resultados mais relevantes foram a libertação de mais de 130 presos políticos e um maior espaço pastoral para a Igreja.

Na semana passada, Raúl Castro enviou uma mensagem de felicitação ao novo Papa, Francisco, poucas horas após sua eleição no Vaticano.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaCatólicosCubaFeriadosPaíses ricosVaticano

Mais de Mundo

Drones sobre bases militares dos EUA levantam preocupações sobre segurança nacional

Conheça os cinco empregos com as maiores taxas de acidentes fatais nos EUA

Refugiados sírios tentam voltar para casa, mas ONU alerta para retorno em larga escala

Panamá repudia ameaça de Trump de retomar o controle do Canal