Mundo

Rajoy respira com Galícia para enfrentar crise

"Rajoy sai claramente reforçado, evidentemente reforçado das eleições galegas", afirma à AFP o cientista político Antón Losada

O presidente do governo espanhol, Mariano Rajoy:  (©AFP / Pierre-Philippe Marcou)

O presidente do governo espanhol, Mariano Rajoy: (©AFP / Pierre-Philippe Marcou)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de outubro de 2012 às 14h04.

Madri - A esmagadora vitória de seu partido nas eleições regionais de domingo em sua terra natal, Galícia, dá um balão de oxigênio ao chefe do Governo espanhol, Mariano Rajoy, para enfrentar a crise ao mesmo tempo em que tenta conter o auge do independentismo.

"Rajoy sai claramente reforçado, evidentemente reforçado das eleições galegas", afirma à AFP o cientista político Antón Losada, professor da Universidade de Santiago de Compostela.

"Foi ruim para a oposição, tanto nacionalista quanto socialista, a tentativa de converter as eleições galegas em um referendo sobre as políticas de Rajoy", acrescenta.

A maioria absoluta do Partido Popular (PP) de Rajoy estava em jogo nas eleições antecipadas da Galícia (noroeste), onde até agora governava com 38 dos 75 deputados que formam o parlamento regional.

Aparentemente preocupado que as eleições fossem utilizadas como um plebiscito sobre as medidas de austeridade, o presidente galego e candidato à reeleição, Alberto Núñez Feijóo, se esforçou para se distanciar de Rajoy durante a campanha.

No entanto, o temor foi infundado e os conservadores saíram reforçados com 41 assentos, apesar dos cerca de 150 bilhões de euros de ajustes anunciados por Rajoy para 2012-2014, que incluem fortes cortes em setores como a saúde ou a educação.

Na Galícia, "a imensa maioria das pessoas está firmemente convencida de que o que o PP está fazendo é o que tem que fazer: que temos um Estado que não podemos permitir, que temos uma saúde que não podemos permitir, que temos uma função pública que não podemos permitir e o que é preciso fazer agora é cortar", considera Losada.

Acompanhe tudo sobre:Crise econômicaEleiçõesEspanhaEuropaPiigs

Mais de Mundo

Republicanos exigem renúncia de Biden, e democratas celebram legado

Apesar de Kamala ter melhor desempenho que Biden, pesquisas mostram vantagem de Trump após ataque

A estratégia dos republicanos para lidar com a saída de Biden

Se eleita, Kamala será primeira mulher a presidir os EUA

Mais na Exame