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Rajoy: BCE deve comprar dívida para acabar com insegurança

Segundo o presidente espanhol, a prioridade agora deve ser estabilizar o euro e tranquilizar os mercados

O chefe de governo da Espanha, Mariano Rajoy: "os prêmios de risco não são resultado dos fundamentos da economia espanhola, mas das dúvidas sobre o euro" (Dani Pozo/AFP)
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Da Redação

Publicado em 6 de setembro de 2012 às 09h33.

Berlim - O presidente do governo espanhol, Mariano Rajoy, espera que o Banco Central Europeu (BCE) anuncie nesta quinta-feira sua decisão de comprar dívida soberana da Espanha e da Itália para aliviar a pressão dos mercados coincidindo com a visita a Madri da chanceler alemã, Angela Merkel.

"Agora é especialmente importante que se dissipem todas as inseguranças sobre o euro e que possamos voltar a financiar-nos a juros razoáveis", afirma Rajoy em entrevista publicada hoje no jornal "Frankfurter Allegemeinen".

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Acrescenta que "os prêmios de risco não são resultado dos fundamentos da economia espanhola, mas das dúvidas sobre o euro. Por isso insisto em uma solução rápida e destaco que as diferenças nos juros que pagam Alemanha e Espanha para financiar-se estão destruindo nossos esforços".

Após assegurar que entende as reservas de países como a Alemanha perante a possível decisão do BCE de comprar dívida soberana dos países em crise, o presidente do governo espanhol declara que a prioridade agora é estabilizar o euro como núcleo da União Europeia.

Em relação à conferência hoje de empresários alemães e espanhóis em Madri, Rajoy assegura que os hóspedes germânicos contarão com "boas oportunidades" para realizar investimentos e assinar acordos de cooperação.

Perguntado pela ajuda aos bancos espanhóis solicitada por seu governo, explicou que "acreditamos que não precisaremos dos 100 bilhões de euros, mas para dar um número exato estamos à espera do que digam os auditores".

Rajoy ressalta também que cumprirá o objetivo de déficit do 6,3% marcado por Bruxelas para este ano, garante que as comunidades autônomas aplicarão igualmente uma estrita disciplina orçamentária e considera que, apesar das mobilizações sociais anunciadas para meados de setembro na Espanha, conta com respaldo popular para as medidas de economia.

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