Radioatividade próxima de Fukushima é muito baixa, diz Aiea
A garantia foi dada por um relatório da Aiea destinado a avaliar a qualidade das análises de radioatividade desenvolvidas por laboratórios japoneses
Da Redação
Publicado em 13 de novembro de 2015 às 08h10.
A Agência Internacional de Energia Atômica ( Aiea ) afirmou hoje (13) que os níveis de radioatividade nas águas próximas da Central Nuclear de Fukushima são “muito baixos” e destacou a confiabilidade das medições feitas pelo Japão.
A garantia foi dada pelos responsáveis por um relatório da Aiea destinado a avaliar a qualidade das análises de radioatividade desenvolvidas por laboratórios japoneses e pela própria operadora da central nuclear, a Tokyo Electric Power (Tepco), divulgado hoje na capital japonesa.
“Para os radioisótopos que analisamos, os níveis de radioatividade são muito baixos”, disse um dos autores do relatório, David Osborn, ao mostrar, em entrevista coletiva, as conclusões do trabalho.
O estudo baseia-se nos dados sobre os níveis de estrôncio-90, césio-137 e césio-139 em amostras de água e em sedimentos marinhos, recolhidos em diversos pontos da costa do Oceano Pacífico, próximo da Central Nuclear de Fukushima, que sofreu graves danos pelo sismo, seguido de tsunami, de 11 de março de 2011.
Apesar de a presença de radioisótopos nos pontos analisados ser “ligeiramente elevada”, os níveis de radioatividade estavam “muito abaixo” dos originados por radioisótopos naturais, acrescentou Osborn.
Ele explicou que são radioisótopos antropogênicos, ou seja, produtos da atividade humana, e neste caso, emanados pela central nuclear após o acidente.
“No ambiente marinho, também podem ser encontrados radioisótopos de origem natural, como o urânio e o polônio”, lembrou.
Osborn destacou que o principal objetivo do estudo não “é avaliar o impacto radiológico” da catástrofe de Fukushima, sem “garantir a precisão dos dados recolhidos” por laboratórios japoneses e pela operadora da central nuclear.
“Nesse sentido, podemos garantir que os dados são muito precisos”.
Segundo o especialista, a Aiea comparou as medições feitas por uma dezena de laboratórios japoneses com as de 15 centros internacionais, e não falou de uma margem de diferença “significativa”.
Ele elogiou o trabalho do governo japonês e da Tepco, observando que ele tem sido “proativo e transparente” na hora de fornecer dados sobre os níveis de radioatividade.
Na próxima semana, outra equipe da agência internacional vai começar a analisar as medições de radioatividade em produtos da pesca japonesa, com o objetivo de publicar um relatório similar em fevereiro de 2016.
O acidente na Central de Fukushima foi o pior desde o de Chernobyl (Ucrânia) em 1986. Suas emissões ainda mantêm cerca de 70 mil pessoas afastadas do local e atingiram gravemente a pesca, a agricultura e a pecuária na região.
A Agência Internacional de Energia Atômica ( Aiea ) afirmou hoje (13) que os níveis de radioatividade nas águas próximas da Central Nuclear de Fukushima são “muito baixos” e destacou a confiabilidade das medições feitas pelo Japão.
A garantia foi dada pelos responsáveis por um relatório da Aiea destinado a avaliar a qualidade das análises de radioatividade desenvolvidas por laboratórios japoneses e pela própria operadora da central nuclear, a Tokyo Electric Power (Tepco), divulgado hoje na capital japonesa.
“Para os radioisótopos que analisamos, os níveis de radioatividade são muito baixos”, disse um dos autores do relatório, David Osborn, ao mostrar, em entrevista coletiva, as conclusões do trabalho.
O estudo baseia-se nos dados sobre os níveis de estrôncio-90, césio-137 e césio-139 em amostras de água e em sedimentos marinhos, recolhidos em diversos pontos da costa do Oceano Pacífico, próximo da Central Nuclear de Fukushima, que sofreu graves danos pelo sismo, seguido de tsunami, de 11 de março de 2011.
Apesar de a presença de radioisótopos nos pontos analisados ser “ligeiramente elevada”, os níveis de radioatividade estavam “muito abaixo” dos originados por radioisótopos naturais, acrescentou Osborn.
Ele explicou que são radioisótopos antropogênicos, ou seja, produtos da atividade humana, e neste caso, emanados pela central nuclear após o acidente.
“No ambiente marinho, também podem ser encontrados radioisótopos de origem natural, como o urânio e o polônio”, lembrou.
Osborn destacou que o principal objetivo do estudo não “é avaliar o impacto radiológico” da catástrofe de Fukushima, sem “garantir a precisão dos dados recolhidos” por laboratórios japoneses e pela operadora da central nuclear.
“Nesse sentido, podemos garantir que os dados são muito precisos”.
Segundo o especialista, a Aiea comparou as medições feitas por uma dezena de laboratórios japoneses com as de 15 centros internacionais, e não falou de uma margem de diferença “significativa”.
Ele elogiou o trabalho do governo japonês e da Tepco, observando que ele tem sido “proativo e transparente” na hora de fornecer dados sobre os níveis de radioatividade.
Na próxima semana, outra equipe da agência internacional vai começar a analisar as medições de radioatividade em produtos da pesca japonesa, com o objetivo de publicar um relatório similar em fevereiro de 2016.
O acidente na Central de Fukushima foi o pior desde o de Chernobyl (Ucrânia) em 1986. Suas emissões ainda mantêm cerca de 70 mil pessoas afastadas do local e atingiram gravemente a pesca, a agricultura e a pecuária na região.