Radicalismo islâmico ajuda inimigos da Rússia, acusa Putin
Presidente russo fez um apelo aos clérigos muçulmanos para que ajudem a reduzir as tensões após um atentado suicida e distúrbios nacionalistas
Da Redação
Publicado em 22 de outubro de 2013 às 19h23.
UFA - O presidente russo, Vladimir Putin , acusou nesta terça-feira inimigos externos da Rússia de usarem o radicalismo islâmico para enfraquecer o seu país e fez um apelo aos clérigos muçulmanos para que ajudem a reduzir as tensões após um atentado suicida e distúrbios nacionalistas.
Esses foram os primeiros comentários de Putin sobre os tumultos deste mês em Moscou, iniciados por causa de suspeitas de que um russo eslavo teria sido morto a punhaladas por um cidadão do Azerbaijão. A polícia reagiu detendo centenas de migrantes.
Além disso, na segunda-feira, uma muçulmana russa matou seis pessoas ao realizar uma explosão dentro de um ônibus em Volgogrado, gerando mais questionamentos sobre a segurança na Olimpíada de Inverno de Sochi, em 2014.
"Algumas forças políticas usam o islamismo, as correntes radicais dentro dele ... para enfraquecer nosso Estado e criar conflitos em solo russo que possam ser geridos do exterior", disse Putin em reunião com clérigos em Ufa, capital da região islâmica do Bashkortostão, no sul do país.
"As tensões entre o Ocidente e o mundo islâmico estão crescendo hoje e alguém está tentando apostar nisso jogando gasolina no fogo", acrescentou ele.
Putin não disse quais rivais externos poderiam estar estimulando o separatismo islâmico. Mas ele com frequência acusa outros países, inclusive os Estados Unidos, de interferirem nos assuntos russos.
O presidente afirmou que os clérigos podem ajudar imigrantes muçulmanos a se adaptarem à vida na Rússia, reduzindo o risco de que eles se envolvam com a violência. "Eles precisam escutar a voz de vocês", disse ele. "Do contrário, eles se tornam objetos de propaganda por parte de vários grupos fundamentalistas." Ex-agente da KGB, Putin se tornou presidente depois de comandar como primeiro-ministro uma guerra vitoriosa contra separatistas islâmicos da Chechênia, em 1999. Mas Moscou ainda luta contra uma insurgência islâmica no norte do Cáucaso, e o Kremlin teme que a violência se espalhe para outras regiões russas de maioria islâmica.
Nesta terça-feira, uma bomba foi descoberta e desativada perto de um centro comercial de Khasavyurtm, no Daguestão, outra região islâmica do Cáucaso russo, segundo autoridades.
Os 20 milhões de muçulmanos da Rússia representam cerca de 15 por cento da população total do país e esse percentual deve crescer nos próximos anos.
UFA - O presidente russo, Vladimir Putin , acusou nesta terça-feira inimigos externos da Rússia de usarem o radicalismo islâmico para enfraquecer o seu país e fez um apelo aos clérigos muçulmanos para que ajudem a reduzir as tensões após um atentado suicida e distúrbios nacionalistas.
Esses foram os primeiros comentários de Putin sobre os tumultos deste mês em Moscou, iniciados por causa de suspeitas de que um russo eslavo teria sido morto a punhaladas por um cidadão do Azerbaijão. A polícia reagiu detendo centenas de migrantes.
Além disso, na segunda-feira, uma muçulmana russa matou seis pessoas ao realizar uma explosão dentro de um ônibus em Volgogrado, gerando mais questionamentos sobre a segurança na Olimpíada de Inverno de Sochi, em 2014.
"Algumas forças políticas usam o islamismo, as correntes radicais dentro dele ... para enfraquecer nosso Estado e criar conflitos em solo russo que possam ser geridos do exterior", disse Putin em reunião com clérigos em Ufa, capital da região islâmica do Bashkortostão, no sul do país.
"As tensões entre o Ocidente e o mundo islâmico estão crescendo hoje e alguém está tentando apostar nisso jogando gasolina no fogo", acrescentou ele.
Putin não disse quais rivais externos poderiam estar estimulando o separatismo islâmico. Mas ele com frequência acusa outros países, inclusive os Estados Unidos, de interferirem nos assuntos russos.
O presidente afirmou que os clérigos podem ajudar imigrantes muçulmanos a se adaptarem à vida na Rússia, reduzindo o risco de que eles se envolvam com a violência. "Eles precisam escutar a voz de vocês", disse ele. "Do contrário, eles se tornam objetos de propaganda por parte de vários grupos fundamentalistas." Ex-agente da KGB, Putin se tornou presidente depois de comandar como primeiro-ministro uma guerra vitoriosa contra separatistas islâmicos da Chechênia, em 1999. Mas Moscou ainda luta contra uma insurgência islâmica no norte do Cáucaso, e o Kremlin teme que a violência se espalhe para outras regiões russas de maioria islâmica.
Nesta terça-feira, uma bomba foi descoberta e desativada perto de um centro comercial de Khasavyurtm, no Daguestão, outra região islâmica do Cáucaso russo, segundo autoridades.
Os 20 milhões de muçulmanos da Rússia representam cerca de 15 por cento da população total do país e esse percentual deve crescer nos próximos anos.