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Rachadura que causava vazamentos em Fukushima é descoberta

Empresa responsável pela usina de Fukushima revelou descoberta de uma pequena rachadura no fundo de um dos tanques de armazenamento de água radioativa

Equipe durante inspeção em tanques de Fukushima: rachadura é a provável causadora dos vazamentos, segundo imprensa (Getty Images)

Equipe durante inspeção em tanques de Fukushima: rachadura é a provável causadora dos vazamentos, segundo imprensa (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 26 de setembro de 2013 às 11h39.

Tóquio - A empresa responsável pela usina nuclear de Fukushima revelou que, após cerca de um mês e meio de investigações, descobriu no fundo de um dos tanques de armazenamento de água radioativa uma pequena rachadura que é a provável causadora dos vazamentos, informou nesta quinta-feira a imprensa do país.

Os técnicos da central, que na semana passada começaram a desmontar o tanque defeituoso onde foi descoberto o primeiro fluxo de água radioativa, utilizaram um tipo de espuma nas frestas do contêiner para detectar a origem dos vazamentos, detalhou hoje a emissora japonesa "NHK".

Os tanques, dos quais a Tokyo Electric Power (Tepco) conta com cerca de 350 em toda a usina, foram fabricados logo após o acidente nuclear de março de 2011 e foram utilizados materiais mais baratos como resina e fixações metálicas para unir as partes, ao invés de soldá-las.

A operadora da usina nuclear considera que os vazamentos teriam começado depois que a pressão da água no tanque dilatou o pequeno espaço observado entre as frestas no fundo do contêiner.

O problema surgiu em meados de agosto, quando a Tepco detectou um vazamento de 300 toneladas de água muito radioativa neste tanque que, assim como os outros 600 contêineres que existem na usina, é utilizado para armazenar o líquido utilizado para refrigerar os reatores e mantê-los em "parada fria".


Além disso, a operadora anunciou que começará na sexta-feira os testes com o novo Sistema de Processamento Avançado de Líquidos (ALPS), fabricado pela Toshiba, e espera que ele seja capaz de eliminar até 62 dos 63 tipos de materiais radioativos presentes na água, o que resolveria em parte o grave problema de armazenamento.

Estava previsto que os técnicos iniciassem esse novo sistema no mês passado, mas, nos testes realizados em junho, encontraram um pequeno vazamento que atrasou o processo.

No início de agosto, o governo japonês manifestou sua disposição de se envolver logística e financeiramente para resolver o grave problema de água contaminada na usina com medidas como o despejo de água com baixos índices de radiação no oceano e o congelamento do subsolo perto dos reatores.

Os vazamentos de água radioativa e o volume de líquido acumulado nos porões dos edifícios dos reatores são os principais desafios para os 3,5 mil operários que lutam para desmantelar a central nuclear.

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